A presidente da Federação de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Mello Suruagy, afirmou em comunicado que a aprovação da operação da venda da Oi Móvel pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai manter e gerar novos empregos, garantir os direitos dos consumidores e preservar a empresa em recuperação judicial. Para ela, o setor de telecomunicações brasileiro sai fortalecido.
"Na avaliação da Feninfra, foi uma decisão altamente responsável do Cade, já que vai garantir a empregabilidade e permitir a continuidade do atendimento aos clientes. O Brasil precisa gerar empregos e não de fechamento de vagas. Além disso, proporcionará a competitividade e fortalecimento do setor de telecomunicações. A Oi, por sua vez, pode ter continuidade em outras atividades", diz a dirigente no posicionamento divulgado logo após a decisão do órgão, na tarde desta quarta-feira, 9.
A aprovação do Cade permite que as operações da Oi Móvel sejam assumidas pelas operadoras Claro, Tim e Vivo, que vão prover os serviços para os 42 milhões de clientes que forem herdados da companhia. "As três operadoras agora terão a missão de garantir serviços de qualidade após essa migração. O importante é um mercado fortalecido e competitivo, ainda mais com a chegada do 5G ao País", afirma Suruagy.
Outro ponto importante destacado pela presidente da Feninfra é que, a partir de agora, a Oi poderá focar nas operações de fibra óptica (V.tal). Caso essa outra operação seja aprovada na Anatel, uma fatia de cerca de 58% da V.tal será detida por fundos geridos pelo banco BTG Pactual, após um leilão realizado com a Oi em julho do ano passado.
Decisão do Cade
O julgamento da venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo pelo Tribunal do Cade aconteceu nesta quarta-feira, 9. O Conselho aprovou a operação com a implementação de remédios que devem ser aplicados previamente à conclusão do negócio e também com alguns remédios estruturais, notadamente a venda de um percentual das estações radiobase (ERBs) adquiridas da Oi Móvel.
A votação ficou empatada em 3×3 entre os conselheiros do órgão, mas a operação foi aprovada com o voto do presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, que deu o terceiro voto favorável, utilizando mais um voto qualificado como desempate.
Os funcionários da oi móvel ficaram todos desempregados, porém receberão o que tem direito, o que não iria acontecer com a provável falência da Oi.