Controladora da brasileira Vivo, a Telefónica apresentou nesta quarta-feira, 8, um plano estratégico de crescimento, lucratividade e sustentabilidade (GPS, na sigla em inglês) para o período entre 2023 e 2026. Um dos pilares da iniciativa será a redução do volume de investimentos.
Segundo o grupo espanhol, os demais vetores da abordagem serão a sustentabilidade do crescimento de receitas no negócio de varejo (B2C); a manutenção de momentum positivo no segmento corporativo (B2B); a evolução de receitas oriundas de parcerias de negócios; e a obtenção de novas eficiências para redução de custos.
Já no caso dos investimentos, a meta é manter o "perfil diferenciado da empresa" mesmo com um menor volume de aportes. "As novas metas também preveem uma redução progressiva do capex/vendas para abaixo de 12% até 2026, o que representa uma queda de mais de 2 pontos percentuais em relação às metas de 2023", notou o grupo.
No Brasil, a Vivo já assinalou que os investimentos de 2022 foram provavelmente o pico histórico da companhia no País.
De forma geral, entre os principais objetivos financeiros do novo plano da Telefónica estão um crescimento anual de aproximadamente 1% na receita até 2026, de 2% no Ebitda, de 5% no fluxo de caixa operacional e de mais de 10% no fluxo de caixa livre.
"Essa evolução aumentará a geração de caixa de cerca de 4 bilhões de euros em 2023 para 5 bilhões de euros em 2026", calculou a gigante espanhola, projetando também redução do endividamento. A Telefónica havia apresentado seu último plano estratégico em 2019; segundo a empresa, as metas foram atingidas de forma bem-sucedida.
Resultados
A dona da Vivo também publicou informações sobre o balanço da empresa no terceiro trimestre. No período, a Telefónica teve receitas que permaneceram praticamente estáveis em 10,3 bilhões de euros (-0,2%). A maior variação percentual veio da operação brasileira (+7,5%), enquanto negócios na Espanha avançaram 1% e na Alemanha, 2,2%.
Já o lucro líquido atingiu 502 milhões de euros, um aumento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2022. A companhia também tinha dívida líquida de 26,5 bilhões de euros até o fim de setembro, após redução de 942 milhões na linha.