Após montarem posição acionária na Oi na véspera de definições cruciais para o futuro da empresa, fundos geridos pela Trustee DTVM – e apontados como veículo do investidor Nelson Tanure – reduziram participação na companhia.
A diminuição da fatia acionária da Trustee para patamar abaixo dos 5% foi informada pela gestora à tele na última quinta-feira, 7, sendo comunicada pela Oi à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na mesma data.
De fato, observadores já apontavam uma mudança na estratégia de Tanure desde terça-feira, 5, quando corretoras ligadas ao empresário figuravam entre as maiores vendedoras do papel OIBR3. A situação se repetiu na quarta-feira, 6. Nos dois dias, a ação da Oi recuara 8% e 9%, na ordem, perdendo o patamar do R$ 1.
Já na última quinta-feira, o OIBR3 era negociado a R$ 0,85, após alta de 1,1% ao fim do pregão.
Em sua segunda recuperação judicial, a Oi teve Assembleia Geral de Credores (AGC) adiada para 25 de março na última terça-feira, 5. O foro deve avaliar o plano de reestruturação da companhia, que prevê a repactuação da dívida financeira e venda de ativos, como a carteira de clientes de fibra e fatia na V.tal. Em paralelo, a operadora trava negociações com Anatel e governo no âmbito do TCU sobre o futuro da concessão de telefonia fixa, com prazo final para acordo até 23 de março.