Telemar reforça críticas à escolha do padrão

A Telemar engrossou o coro de críticas a uma possível escolha do padrão japonês de TV digital, o ISDB. O diretor de estratégia corporativa e novos negócios da operadora, André Bianchi, afirma que o padrão tecnológico não deveria ser a primeira coisa a se discutir, mas sim o modelo de negócios. ?A discussão errada é o padrão. Hoje deveríamos estar discutindo o modelo de negócios. Deve haver uma forma de parceria ganha-ganha. Não é nosso core business fazer conteúdo, mas questões como billing e atendimento ao cliente é o que estamos acostumados a fazer?, pondera Bianchi sugerindo uma clara divisão de papéis entre radiodifusores e operadoras de telecomunicações.
Quando perguntado acerca de uma possível escolha do padrão japonês ISDB para a TV digital no País, Bianchi não questiona aspectos tecnológicos: ?Eu vi a história do GSM acontecer e de outras tecnologias com escala mundial e, por ser uma pessoa de consultoria e economia, creio que para um mercado de massa como o nosso equipamentos com escala mundial tendem a ser uma solução mais adequada, mais competitiva?.
O diretor da Telemar também diz que se o que se pretende ter é uma TV digital, universal e grátis, fixa e móvel, provavelmente as emissoras terão multiprogramação, terão de gastar mais em programação sem retorno de investimento.

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?Estamos falando de um investimento de bilhões de dólares. Estou vendo aumentar custos e não vejo aumentar a receita. Uma alternativa de retorno poderia ser com interatividade, com maior penetração de TV paga, mas é preciso um modelo que se consiga fazer o casamento da cadeia de valor como um todo?, diz.

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As emissoras de televisão, contudo, ficam transtornadas quando vêem empresas de telecomunicações dando palpite na escolha do padrão digital de TV. Para elas, esse é um assunto da radiodifusão. Alegam que nunca opinaram sobre a escolha do GSM, CDMA ou do TDMA, por exemplo, e que o modelo de negócios que as TVs têm hoje continuará sendo o modelo da TV digital. Se algum modelo precisa ser discutido, dizem, quem deve fazê-lo é o Congresso, mas sem impedir a TV de migrar para a tecnologia digital o quanto antes.

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