A Zain Participações, holding hoje controlada pelo Citibank e pelos fundos de pensão na cadeia societária da Brasil Telecom, precisa urgentemente captar R$ 320 milhões. O dinheiro é necessário para o aporte de seu quinhão no aumento de capital de sua controlada Invitel, que, por sua vez, precisa pagar uma dívida com notas promissórias que vence no dia 24 de novembro e realizar aporte para aumento de capital em sua controlada Techold. Para captar a referida quantia, a Zain tinha aprovado a emissão de debêntures conversíveis em ações, mas a iniciativa foi barrada pela Justiça por uma liminar solicitada pelo seu acionista minoritário Opportunity Lógica Rio Consultoria e Participações Ltd, que questiona a taxa de conversão estipulada. Em razão do prazo exíguo para quitar a dívida da Invitel, a diretoria da Zain enviou nesta terça, 7, uma proposta ao conselho de administração sugerindo que os R$ 320 milhões sejam captados mediante emissão de notas promissórias com vencimento de 180 dias, ou através da contratação de mútuos com instituições financeiras. É preciso que o conselho de administração de Zain convoque uma Assembléia Geral Extraordinária (AGE) para aprovar a emissão.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a diretoria de Zain escreveu que ?reconhece e reafirma seu entendimento de que a emissão de debêntures é o meio menos oneroso e que envolve menos riscos financeiros à companhia?. Além disso, reiterou que considera correto o critério utilizado para determinar a taxa de conversão das debêntures e informa que seus advogados tentarão derrubar a liminar.
Techold é a controladora de Solpart, que, por sua vez, é a holding da Brasil Telecom Participações. A disputa em torno dessa emissão de debêntures é mais um capítulo na briga entre os sócios da Brasil Telecom, que até meados do ano passado era gerida pelo Opportunity.
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