Braço de infraestrutura de tecnologia do Grupo Uol, a Edge viu oportunidade de utilizar o 5G standalone para redes privativas. A companhia considera que a nova geração será um "divisor de águas" para aceleração digital e aumento de produtividade. A proposta é de oferecer linhas de produto específicas para o 5G SA, além de consultoria e direcionamento.
A companhia atua como integradora fim a fim de soluções de rede privativa, atuando com "parceiros estratégicos de infraestrutura móvel". Neste modelo, as redes utilizarão diversas faixas possíveis, como a de 3,7-3,8 GHz liberada pela Anatel para a utilização em serviço limitado privado (SLP).
Conforme explicou ao TELETIME o COO da Edge Uol, Rodrigo Rangel Lobo, a tecnologia permite a "efetiva implantação" de soluções para indústria 4.0, como veículos autoguiados, drones, câmeras multiespectrais etc. Por isso, a companhia criou a área de negócio "Innovation Studios em Redes Privativas 5G", focando nos fatores de resiliência, segurança e autonomia.
"O core de rede, o backhaul em fibra, as gNodeBs (base stations), os equipamentos para edge computing, tudo será local e isolado da rede pública, oferecendo segurança, performance e confiabilidade máxima. Dentro desse modelo, nós fazemos a operação & manutenção das redes privativas", destacou Lobo, por email. O modelo de negócio pode variar de acordo com o parceiro.
O executivo disse que a Edge trabalha com "os principais players mundiais de fornecimento de infraestrutura móvel", mas não citou quais empresas seriam. "Sabemos também que as redes estão convergindo: com a virtualização do 5G abre-se uma possibilidade grande de hospedagem das aplicações edge-native em infraestruturas 'commodities', declarou Lobo. Citando as aplicações possíveis de streaming, Internet das Coisas industrial de missão crítica e outros, ele acredita que haverá "muitas outras demandas" ao longo de 2023.