A TIM está adotando novas políticas de diversidade com um novo acordo coletivo negociado com federações sindicais e aprovado por funcionários em todo o País. Segundo a operadora nesta quarta-feira, 7, além de ampliar benefícios para trabalhadores negros, pessoas LGBQTI+ e com deficiência, a repactuação auxilia na proteção às funcionárias vítimas de violência doméstica e familiar. Outra medida é a de promover inclusão de grupos sociais de minorias no programa de estágio.
Para o grupo LGBQTI+, a operadora diz haver garantia do direito à identidade, à proteção contra a discriminação e ao convívio com filhos. A TIM diz que já permitia o uso do nome social, mas agora passa a oferecer a possibilidade de licença de até cinco dias em situações de LGBTfobia, com garantia de assistência jurídica gratuita em casos de discriminação durante o trabalho, "seja por clientes ou fornecedores".
O novo acordo traz ainda previsão de licença de 15 dias às funcionárias em união estável cujas companheiras, mães biológicas, tiverem dado à luz. E é garantida a flexibilidade para quando a cônjuge apresentar comprovado quadro de depressão pós-parto. Aos filhos são garantidos os mesmos benefícios como dependentes legais na empresa. O processo de transição de gênero também é coberto com licença de até três dias sem prejuízo das atividades.
Raça e PCD
A operadora também afirma assegurar apoio jurídico para funcionários vítimas de racismo por clientes ou fornecedores durante o trabalho, com ausência justificada "em qualquer situação de discriminação por raça, credo ou etnia". No caso das funcionárias vítimas de violência doméstica e familiar, o afastamento também será justificado, "sem prejuízo das atividades, inclusive quando a vítima for seu filho ou sua filha".
Para pessoas com deficiência (PCDs) que exercem atividades compatíveis com trabalho remoto, o novo acordo agora permite que essa seja a opção prioritária de modalidade. A operadora diz que isso permite minimizar impactos de deslocamentos até a empresa. Para os que ainda têm atividades presenciais, há previsão de abono de ausências ou atrasos em razão de manutenção de equipamentos ortopédicos e outras situações.
Home office
A TIM também trouxe novas regras de trabalho remoto com a repactuação. O modelo, amplificado com a pandemia do coronavírus, foi estabelecido em "minucioso regulamento" que traz previsões como direito à desconexão, intervalos de descanso e refeição do colaborador, bem como compromisso de incentivo de eventos periódicos que mantenham dinâmica de convívio social.
Conforme acordado com as federações sindicais, o trabalho remoto continua para áreas das centrais de relacionamento com o cliente (call center). Segundo a empresa, a medida, implantada desde 20 de março "com sucesso", trouxe aumento de produtividade e da qualidade de vida dos profissionais.
A TIM também se comprometeu a dobrar o valor da hora regular trabalhada nos dias 4 de julho de 2021 e 2022 como homenagem aos trabalhadores de call center. Além disso, nos dias 24 e 31 de dezembro, será dado folgas remuneradas "para a maioria dos colaboradores".
"A flexibilização implica um novo conceito de gestão do tempo, responsabilidade e comunicação num ambiente de trabalho mais fluido, onde há mais espaço para valores como autonomia e proatividade, numa ressignificação das relações de trabalho, totalmente baseada na relação de confiança entre organização e pessoas", declara em comunicado a vice-presidente de recursos humanos da TIM Brasil, Maria Antonietta.