Governo cogita baixar juros

Nem o presidente Lula nem seu ministro da Fazenda vão interferir nas decisões do Banco Central. Isso não quer dizer, no entanto, que o governo já não tenha manifestado sua opinião de que há condições de baixar as taxas básicas de juros em pelo menos 1,5 ponto percentual. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir sobre os juros, está marcada para os dias 20 e 21 próximos.
É importante observar que um mês antes da decisão de lançar US$ 1 bi em novos títulos da dívida soberana no exterior, o ministro Antonio Palocci havia comentado com o presidente Lula, em caminhada matinal em Brasília, que o Banco Central estava perdendo oportunidades de fazer esse tipo de captação.
Um alto funcionário do Tesouro disse a TELETIME News que o atual nível de risco e as previsões de inflação para os próximos 12 meses comportariam uma Taxa Selic de 20,5% a 21%. Se a taxa for para 24%, como a fonte acredita, haveria uma economia equivalente a quase R$ 9 bilhões.

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A provável queda de juros ainda não está nas expectativas do mercado. Analistas ouvidos por TELETIME News ainda acreditam na manutenção da Taxa Selic em 26,5% ao ano. Isso significa que a eventualidade de redução, no curto prazo, pode ter impacto negativo na bolsa.
Impacto, porém, de curta duração. Pois, a queda dos juros deve provocar dois efeitos positivos. Um primeiro, mais geral, diz respeito ao aumento do volume de recursos da renda fixa para a renda variável — inclusive capitais externos especulativos (dólares principalmente de brasileiros que entraram nos últimos dois meses). Um segundo, mais específico do setor de telecomunicações, que ganha tanto pela sua alta participação no índice, quanto pela melhora de perspectivas para a economia real.

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