Analistas tentam entender o jogo do Opportunity

Os profissionais do mercado especializados em telecomunicações tentam desvendar o significado dos lances do Opportunity nas suas duas frentes de atuação no setor – a Brasil Telecom e as operadoras de telefonia móvel Telemig e Amazônia Celular. Para que direção está indo o grupo dirigido por Daniel Dantas? A atuação recente, aparentemente, não tem uma única lógica, mas diferentes possibilidades:
1) Oferta de troca de ações da Brasil Telecom pela participação da Previ nas Telemig Celular e Tele Norte Celular. Oferta, de resto, rejeitada pela Previ que, segundo fontes citadas pela imprensa, conta com apoio oficial para restaurar sua participação efetiva no controle das operadoras. Mesmo que se efetivasse, a Previ continuaria no pé de Dantas e Dantas continuaria no pé da Previ.
2) Os executivos da Telemig Celular têm dado informações contraditórias aos analistas sobre a troca da tecnologia TDMA por CDMA ou GSM. O CEO, João Cox, diz que a migração só seria feita "quando houver necessidade dos clientes". Essa indefinição indicaria que os controladores ainda não sabem bem o que fazer com as empresas.

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3) No mercado, circulam informações sobre uma eventual desistência da Brasil Telecom das licenças em telefonia móvel. Se não quer a telefonia móvel, como fica o pretendido consórcio com Telemig Celular e Tele Norte Celular?
4) Ao mesmo tempo, circulam rumores de que estaria havendo algum nível de entendimento com a TIM no sentido de negociar novos termos de uma aliança envolvendo a BrT, a TIM e as operações de celulares controladas pelo Opportunity.

União positiva

Ainda que seja apenas especulação, a retomada da aliança da Telecom Italia com o Opportunity é vista como um bom negócio para as duas partes.
A Brasil Telecom não tem como sair do lugar sem alavancagem. Em dezembro tinha em caixa R$ 1,6 bilhão, mas sua dívida total era de quase R$ 4,2 bilhões. A dívida líquida representa 41% do patrimônio. Pode abandonar a idéia de telefonia móvel, o que é bom para a saúde financeira no curto prazo, mas reduz perspectivas futuras.
Já a TIM está crescendo bem menos do que as expectativas nas novas licenças de SMP. Enquanto a Oi chegou aos 1,7 milhão de assinantes, a companhia controladas pelos italianos – sem o apoio de uma operação fixa forte – cravou exatos 444 mil no mesmo período. Com a Brasil Telecom e as operadoras do Opportunity, as possibilidades de crescimento seriam bem maiores.

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