O mercado se entusiasmou com os resultados da Embratel referentes ao primeiro trimestre. No Brasil, as PN subiram 6,44% (fechamento a R$ 4,79) e as ON 6,30% (R$ 5,40). Nos Estados Unidos, as ADRs deram um salto de 9,46%, ficando em US$ 1,62.
Mesmo com lucro relativamente modesto de R$ 11 milhões (R$ 37 milhões sem considerar uma despesa extraordinária para liquidar uma pendência com o fisco), o que importou foi a reversão dos prejuízos e, segundo Jacqueline Lison, da Fator Doria Atherino, uma boa evolução de seu desempenho operacional.
É certo que a receita líquida caiu 7,7% em relação ao primeiro trimestre de 2002. Mas isso se deu, em boa parte, por bons motivos: bloqueio de linhas fraudulentas e de inadimplentes. Ou seja: melhorou a base de clientes – o que, aliás, se comprova pelo aumento de 6,2% na receita média por minuto da longa distância. No segmento de dados houve crescimento da demanda por circuitos (47,9%) e as receitas só não aumentaram mais de 1% porque houve reduções nos preços dos serviços de internet.
A empresa concluiu programa de refinanciamento de parte das dívidas que venceriam este ano e no primeiro semestre de 2004, no valor de US$ 882 milhões, estendendo o prazo por dois anos. Foram amortizados US$ 93 milhões de dólares no trimestre. A dívida total da Embratel é de R$ 4,6 bilhões.