TIM projeta alta de até 7% na receita e investimento estável em 2024

Foto: Pixabay

Além do balanço financeiro do quarto trimestre e do acumulado de 2023, a TIM também divulgou na última terça-feira, 6, o seu plano estratégico com projeções para o período de 2024 a 2026.

Em 2024, a tele acredita que a receita com serviços deve aumentar entre 5% a 7% ao ano; até 2026, o crescimento deve variar entre 5% a 6%. No caso do Ebitda, a expansão neste ano é estimada entre 7% a 9%; e até 2026, entre 6% a 8%.

Para efeito de comparação, a receita da TIM com serviços no ano passado registrou alta de 10,7%, para R$ 23,1 bilhões. A tele apurou aumento de 14,2% no Ebitda em 2023, a R$ 11,6 bilhões. 

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Já em termos de investimentos, o capex nominal estimado fica entre R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões, em 2024. Essa média anual deve se manter até 2026.

Em 2023, com a menor alocação de investimentos em infraestrutura de rede, o capex da TIM teve redução de 6,1% no trimestre, para R$ 1,29 bilhão, e de 4,8% em 2023, a R$ 4,5 bilhões.

Questionada por analistas em conferência sobre os resultados nesta quarta-feira, 7, a CFO da TIM, Andrea Viegas, explicou que os investimentos propostos no guidance não implicam em aumento no capex. Na verdade, ele deve se manter mais ou menos nos mesmos valores do ano passado.

"Esta dinâmica combinada a uma manutenção do patamar de investimentos que se beneficiam da eficiência de novas tecnologias, deve promover uma melhora do indicador Ebitda after lease menos capex, que é um direcionador relevante para o Fluxo de Caixa Operacional da TIM", reiterou a empresa, ao divulgar suas projeções trienais.

Metas ambiciosas

Na visão de curto e médio prazo, a empresa deu alguns detalhes sobre os planos para os próximos anos. Entre eles, ser a operadora preferida dos clientes no segmento móvel, com serviços de IoT (Internet das Coisas) e conectividade, e endereçar oportunidades de crescimento no B2B.

Além disso, a operadora pretende crescer de forma rentável em banda larga, se valendo de uma abordagem seletiva enquanto mantém opções futuras em aberto, diz a empresa. E manter a eficiência como de maneira inerente à operação, com "rigorosa disciplina" na alocação de capital.

Para o triênio, a intenção da tele é continuar executando a estratégia com adequações ao ambiente econômico e de negócios no País. No mobile, estima uma melhoria contínua e sustentável, baseada em uma nova dinâmica de mercado mais racional, com os clientes focados em valor e qualidade; essencialidade dos serviços; oportunidade de incremento no uso, puxado pelo aumento da demanda por dados; e acessibilidade dos preços.

O CEO da operadora, Alberto Griselli, também projetou que a companhia será capaz de continuar repassando a inflação anual para preços do móvel em 2024 e nos anos seguintes, segundo resposta na conferência de resultados. Já o B2B deve compor uma fatia menor, quando comparado à estratégia mobile. "Mas, em termos de iniciativas, a banda larga, o B2B e a plataforma de usuário são importantes no ritmo do crescimento da receita", diz.

A companhia declara que o resultado do quarto tri de 2023 foi o melhor da sua história recente. Entre outubro e dezembro, a receita líquida teve alta de 6,8%, para R$ 6,27 bilhões. No ano, a receita avançou 10,6%, para R$ 23,8 bilhões. Houve crescimento de 7,6% em serviços mobile no quarto tri, e de 11,1%, no ano. Em fibra, a expansão foi 9,5% no trimestre, e de 9,7%, no ano.

Analistas avalizam estratégia

Em relatório divulgado na manhã desta quarta-feira, 7, os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, do BTG Pactual, afirmam que o guidance da TIM para 2024 está em linha com as estimativas do banco. A projeção para o Ebitda feita pela empresa é o principal destaque na comparação com os números do BTG.

"Uma vez que nossas estimativas de receitas de serviços estão em linha com o guidance, a TIM espera uma expansão da margem acima da nossa previsão atual. Se usarmos o meio da orientação como caso base (crescimento do EBITDA de 8% ao ano), a margem se expandirá 1 ponto percentual em 2024 (para 50%)", dizem os analistas.

Ainda, o crescimento das receitas estimados pela tele estão quase de acordo com a visão do banco, de 4,6% versus orientação entre 5% a 6%, enquanto o Ebitda fica um pouco abaixo, de 4,6% versus entre 6% a 8%. (Colaborou Henrique Julião)

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