A TIM encerrou 2023 com uma receita líquida de R$ 23,8 bilhões, o que representa um crescimento de 10,6% sobre o ano anterior. Da mesma forma, o lucro líquido registrou crescimento de 50,4% no mesmo período, chegando a R$ 2,7 bilhões, considerado recorde pela empresa. Os dados constam no balanço financeiro da companhia divulgado na noite desta terça-feira, 6.
Somente no quarto trimestre, a receita líquida fechou com alta de 6,8% sobre igual período de 2022, saindo de R$ 5,87 bilhões para R$ 6,27 bilhões. O crescimento foi menor na comparação com o terceiro trimestre, onde a expansão foi de 3,6%.
De acordo com a companhia, a expansão da receita líquida foi baseada, principalmente, no crescimento da receita de serviços: no ano, a receita com serviços móveis cresceu 11,1%, para R$ 5,70 bilhões, enquanto na fibra a expansão foi de 9,7%, a R$ 874 milhões. Já no quarto trimestre, a receita de serviços mobile avançou 7,6% na base anual, para R$ 5,7 bilhões, e a receita de ultra fibra, 9,5%, a R$ 227 milhões.
No caso de serviços móveis, especificamente, a operadora afirma que isso ocorreu em virtude de "desempenhos consistentes" no pré e pós-pago. Por outro lado, a receita de produtos teve retração de 2% nos três meses encerrados em dezembro, para R$ 241 milhões, mas expandiu 8,7% no ano, a R$ 763 milhões.
Financeiro
A TIM destaca, ainda, que sua execução "sólida" possibilitou um crescimento "robusto" do lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), com evolução da margem. Na comparação ano a ano, o Ebitda da tele em 2023 encerrou com alta de 14,2%, para R$ 11,6 bilhões. No quarto trimestre, o indicador ficou em R$ 3,15 bilhões.
Dessa forma, a margem avançou 1,5 ponto percentual no ano passado, ficando em 48,9%. Já entre outubro e dezembro, a margem Ebitda cresceu de forma marginal, 0,5 p.p., fechando em 50,2%.
Também entre outubro e dezembro, o lucro líquido avançou 52,6%, para R$ 900 milhões. Em relação aos meses de julho a setembro de 2023, o lucro líquido teve aumento de 24,4%.
Receita por usuário
Segundo a empresa, a sua receita média por usuário (ARPU) chegou ao maior valor da história recente, a R$ 31,1, alta de 15,8% na base ano a ano. No mesmo período, o ARPU do segmento móvel subiu 12,9%.
Ao detalhar o perfil de cliente da vertical mobile, a TIM diz que a receita do pré-pago avançou 4,1% ao ano no quarto trimestre, e o ARPU do pré-pago, 14,5%, chegando a R$ 15,6. "Em 2023, a receita do Pré-pago aumentou 10,5% A/A, tendo como principal motor um ambiente mais racional e a chegada da receita vinda dos clientes da Oi Móvel", diz. O ARPU anual teve alta de 12,5%.
Por outro lado, no pós-pago, a expansão da receita foi de 7,4%. Isso influenciou para que a receita por usuário dos planos pós crescesse 12,5% entre outubro e dezembro, para R$ 43. Na comparação anual, a receita do pós-pago avançou 11,8%, e o ARPU, 13,6%.
Isso é explicado por alguns motivos, como a mudança nas ofertas com ajuste de tarifas sobre parcela relevante da base, com impacto dos clientes do plano controle começando em abril, e dos demais, a partir de maio; o desempenho positivo na migração dos clientes para planos de maior valor; e uma melhor gestão na base de clientes, com evolução do atendimento e redução dos níveis de desconexões, de acordo com a tele.
Investimento
Quando o assunto é o capex, a TIM fechou 2023 com uma redução de 4,8%, para R$ 4,50 bilhões. No quarto trimestre, o indicador apurou queda de 6,1% na comparação com igual período de 2022, para R$ 1,29 bilhão, mas alta de 29,4% sobre o terceiro trimestre.
De acordo com a companhia, o capex do quarto tri foi motivado por uma menor alocação em investimentos em infraestrutura de rede se comparado ao quarto tri de 2022.