A Star One irá investir US$ 600 milhões na construção e lançamento de três novos satélites que serão lançados entre 2005 e 2007: C1, C2 e C12. O investimento faz parte do projeto de renovação da frota, com o fim da vida útil dos satélites B1 e B2.
O primeiro a entrar em órbita será o C12, no início de 2005. Trata-se de uma parceria com a americana SES Americon. Esse satélite ocupará a posição orbital americana de 37,5º Oeste. Nele a Star One está investindo cerca de US$ 100 milhões e terá direito a usar 18 transponders. O lançamento será feito pela International Launch Services (ILS). O C12 faz parte de um plano de contingenciamento, caso ocorra algum problema com o C1, que irá substituir o B1. Se houver falhas no C1, os passos serão os seguintes: 1) os clientes do B4 serão transferidos para C12; 2) o B4 será deslocado para a posição do C1 e fará o seu papel. ?O B1 é hoje o satélite que atende a maioria dos radiodifusores brasileiros. Há 15 milhões de antenas apontadas para a sua direção. Se houver falha na troca pelo C1, vocês podem imaginar a catástrofe que seria?, explicou Edson Soffiatti, presidente da Star One, para justificar o plano de contingência.
O C1 e o C2 serão lançados pela Ariane Space, de sua base na Guiana Francesa, nos primeiros meses de 2006 e 2007, respectivamente. O C1 ocupará a posição 70º Oeste e o C2, 65º Oeste. Cada um terá 44 transponders (36 MHz equivalentes) divididos entre as bandas C, Ku e X. Além da banda Ku, outra novidade em relação aos satélites B1 e B2 é a ampliação da cobertura para América do Sul e os EUA. A Star One está estudando a possibilidade de incluir a banda L, utilizada para a navegação de aviões e navios, no C2, que ainda não começou a ser construído. Os investimentos no C1 e no C2 serão de US$ 260 milhões e US$ 200 milhões, respectivamente.
Novo produto
A Star One pretende lançar no começo de 2005 um produto de voz e internet para cidades do interior. O foco são pousadas, hotéis, fazendas e outros estabelecimentos comerciais onde a infra-estrutura das operadoras de telefonia fixa não chega. A operadora, contudo, não revelou maiores detalhes.
Soffiatti deixou claro que a Star One não tem interesse em adquirir licença para novas posições orbitais brasileiras, pois existe hoje um excesso de capacidade satelital disponível no mercado.