O BBVA rebaixou de ?compra? para ?manutenção? as ADRs da Telmex, controladora no Brasil da Vivo e da Embratel e com um pé na Net Serviços. O preço-alvo caiu quase 10%, de US$ 42 para US$ 38. ?Nós acreditamos que as ações da TMX continuarão sob pressão do fraco ambiente operacional do México, o pobre sentimento global em relação à telefonia fixa e, principalmente, incertezas em relação à estratégia internacional da companhia e sua capacidade de extrair valor desses ativos?, justifica o analista Jaffrey Noble, autor do relatório. Não que essa estratégia necessariamente seja má. Mas está tendo que incorporar perdas da norte-americana MCI e deve fazer altas provisões para cobrir passivo da Embratel. Além disso, os ganhos dessa estratégia não são tangíveis no curto prazo.
Há alguns pontos desse relatório que dizem respeito mais de perto ao Brasil. Segundo o relatório, com aquisições da Embratel, Vésper, ATTL e, mais importante, da Net, a Telmex tem capacidade de ser a primeira no mercado brasileiro e banda larga de alta velocidade e VoIP. Além disso, dirigentes da Telmex enfatizaram, em encontro com Noble, que a estratégia da empresa com a Net poderia ser o ?triple play? de TV a cabo, banda larga e voz. O analista do BBVA pondera que essa estratégia leva tempo e é pouco tangível no curto prazo.
Diferente do México, diz o BBVA, onde os operadores de cabo não têm licença ou redes capazes de transmitir voz, a Net está preparada para as duas coisas. Dos seus 6,6 milhões domicílios atingíveis potencialmente, 2,3 milhões são já bidirecionais. O relatório diz ainda que a Telmex talvez seja levada a fazer significativas provisões para cobrir o passivo da Embratel, estimado em R$ 3 bilhões.
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