A receita com dados móveis da Oi segue crescendo a passos largos, como verificado também nas demais operadoras celulares que atuam no Brasil. No segundo trimestre deste ano, a Oi faturou R$ 471 milhões com Internet móvel, banda larga móvel e serviços de valor adicionado para telefonia celular, o que representou um crescimento de 36,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre abril e junho, esses serviços responderam por 28% da receita líquida da Oi em mobilidade, um aumento de 6 pontos percentuais em um ano. A internet móvel sozinha registrou crescimento de 101% no período, mas a empresa não detalhou valores absolutos.
"Estamos trabalhando no reforço de cobertura 3G. Aumentamos a capacidade em Minas Gerais e estamos fazendo o mesmo no Ceará e em Pernambuco. Vamos continuar a habilitar nossa rede para servir aos clientes com mais qualidade nessa transição de um cenário em que as pessoas usavam mais SMS para um cenário com maior uso de dados", disse o CEO da Oi, Zeinal Bava, durante a teleconferência com analistas na manhã desta quarta-feira, 6. Embora não tenha sido detalhado, é provável que a receita com SMS tenha caído no segundo trimestre, tal como aconteceu na TIM e na Vivo.
Outro destaque positivo no balanço da operação móvel no segundo trimestre foi o aumento de 62,5% na receita com venda de handsets, que passou de R$ 128 milhões para R$ 208 milhões, na comparação anual entre trimestres. A empresa informa que a política de subsídio não foi alterada, mantendo a qualidade na venda e a proteção do fluxo de caixa. A melhora no desempenho se deu por conta de parcerias com grandes redes varejistas, em uma iniciativa de alavancar as vendas de SIMcards e a penetração de smartphones na sua base.
O crescimento das receitas de dados e handsets de certa forma compensaram a redução de 39% na receita com uso de rede. O faturamento com uso de rede caiu de R$ 532 milhões para R$ 324 milhões em um ano, por conta das novas tarifas de interconexão (VU-M).
Ao todo, a receita líquida da operação móvel da Oi registrou queda de 1,1% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2013, baixando de R$ 2,26 bilhões para R$ 2,23 bilhões.
