Estúdios de cinema esperam ver TVs ligadas às redes banda larga

A indústria de cinema nos EUA aos poucos acorda para a importância do mercado banda larga para a distribuição de seus conteúdos. Segundo Jim Ramo, CEO da Movielink, uma joint venture entre alguns dos maiores estúdios de cinema dos EUA, incluindo MGM Studios, Paramount Pictures, Sony Pictures Entertainment, Universal Studios e Warner Bros, e que ainda tem acordos de distribuição com a Walt Disney Pictures, Miramax, Artisan entre outras, disse que para as empresas de conteúdo, o momento mais importante de toda a revolução digital em curso será quando o aparelho de TV, o mesmo que as pessoas assistem na sala, estiver conectado à internet de alguma forma. "Foi isso que ainda não aconteceu efetivamente e é isso que permitirá que todas as vantagens do mundo IP sejam efetivamente percebidas por aquelas pessoas que estão acostumadas apenas com o velho modelo de consumo de televisão". Ramo participou do Globalcomm 2006, evento de telecomunicações que acontece nesta semana em Chicago.
A Movielink foi a forma encontrada por estes estúdios pare entrar no mercado de video-on-demand (VOD) por redes de banda larga. "Qualquer das formas de distribuição digital que se tenha hoje, seja para música, seja para cinema, ainda é muito menos representativa do que as formas tradicionais de distribuição em termos de faturamento, mas este é o futuro, e por isso precisamos aprender como lidar com esses problemas". Segundo Ramo, mesmo entre os assinantes de TV a cabo, apenas 20% dos usuários que poderiam consumir VOD de fato o fazem. "Quando falamos em vídeo sob demanda no mundo digital, ainda há muitos pontos obscuros em relação a direitos, territorialidade e uso dos conteúdos".

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