Governo tentará negociar reajustes de tarifas de 2004 e 2005

Fontes próximas às negociações garantem que a vontade do governo é conseguir das teles fixas um parcelamento em duas vezes do reajuste de tarifas que deveria ser concedido às operadoras a partir do próximo mês. Pelas contas realizadas até aqui, um IGP-DI de 32% nas tarifas de telefonia poderia levar a inflaxão a ter um pico de 1,2 pontos percentuais a mais a partir de julho, isso sem contar a aplicação do adicional de 9% sobre alguns dos itens da cesta a que as operadoras teriam direito. Para evitar esse aumento, o governo quer dar metade do reajuste agora e metade provavelmente após o final do ano.
As mesmas fontes reconhecem que não há como rever a indexação em 2004 e 2005, pois isso representaria quebra de contrato. O acerto com as teles está firmado apenas para 2006. Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT/BA), que participou das negociações com as concessionárias locais dia 4, no Palácio da Alvorada, se as empresas cederam à quebra da indexação a partir de 2006 não haveria porque não cederam já a partir do próximo ano. Miro Teixeira e Antônio Palocci (Fazenda) estão particularmente preocupados com o fantasma da quebra de contratos e não esperam nada das empresas que não seja um gesto unilateral. Mas fontes próximas garantem que em 2004 e 2005 será sempre tentada uma renegociação do reajuste, como a que acontece neste momento para o reajuste de 2002/2003.

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