A Anatel determinou à Embratel que só inicie o processo de diligência para a venda de seu controle acionário depois de obter anuência prévia da agência. Segundo Pedro Jaime Ziller, presidente da Anatel, o órgão regulador decidiu manifestar-se em relação à venda da Embratel depois de perceber que as diversas especulações veiculadas na imprensa começaram a causar certo desconforto no mercado.
Com isso, a Superintendência de Serviços Públicos da Anatel enviou no dia 29 de janeiro uma carta à empresa pedindo os seguintes esclarecimentos a respeito de seu processo de venda: quais empresas ou grupos econômicos teriam manifestado interesse na aquisição; se existe uma iniciativa no sentido de apresentar dados dessa empresa, por exemplo em um data room, a supostos interessados pela aquisição de seu controle; e data de abertura do data room aos interessados.
A Embratel respondeu no dia 30 de janeiro, que em relação aos interessados na aquisição, o assunto está sendo conduzido pela MCI e comunicou que a carta da agência pedindo estas informações foi enviada para a empresa americana. Tão logo a Embratel receba uma resposta, será encaminhada à agência. Em relação ao data room, a carta da Embratel informa que existe uma iniciativa conjunta com a MCI para a disponibilidade de dados da prestadora, no Rio de Janeiro. No entanto, diz a Embratel, as informações ainda estão sendo definidas com a MCI.
Por fim, a Superintendência de Serviços Públicos enviou nova correspondência determinando que não seja iniciado o processo de due dilligence sem expressa anuência prévia da agência.
Pedro Jaime Ziller negou que as determinações da agência tenham sido feitas em função do interesse das três teles locais (BrT, Telemar e Telefônica) em comprar a Embratel e também nega que a atitude da agência represente alguma interferência no processo de venda da concessionária. Segundo Ziller, as decisões foram tomadas porque a agência tem obrigação de preservar a competição no mercado.