Gradiente confia em sua marca para voltar ao mercado

Após quase dois anos e meio, a Gradiente volta a fabricar handsets, confiando em dois fatos: a marca da empresa é a terceira colocada em mind share (lembrança) de aparelhos na pesquisa Top of Mind e a base instalada de aparelhos em todo o País é de 5 milhões de handsets. Segundo o diretor de telecomunicações da Gradiente, Sidnei Brandão, quando a empresa vendeu sua parte da joint venture NGI para a Nokia, seu market share era de 25%.
Quando ocorreu a venda, a Gradiente, por uma cláusula de no competition, não poderia operar no mercado por um prazo de dois anos, que se encerrou. Brandão não informa o valor do investimento da Gradiente no segmento.

Troca de aparelho

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Outro grande impulso para a volta da Gradiente ao segmento de aparelhos é o volume de troca anual que, de acordo com Brandão, está próximo dos 30% da base total (quase 11 milhões de terminais). Em poucos anos, este índice estará perto de 50% do parque instalado. O ciclo de troca de aparelhos vem se reduzindo e, segundo estimativas, o prazo para o usuário trocar de terminal está em 18 meses. O motivo dessa troca está no desenvolvimento de novos serviços (câmara, display colorido, alta resolução), afirma Brandão.
Para ele, além da troca, há potencial das novas adições à base, sobretudo nas classes low end.
A volta da Gradiente à fabricação de aparelhos se dará em duas etapas: a primeira fase prevê produção em regime de terceirização (OEM) por empresas parceiras. É o caso do já lançado Pocket PC Phone Edition (Gradiente Partner), que é um computador de mão com celular, em GSM/GPRS, capaz de executar tarefas de dados, voz e internet de alta velocidade, desenvolvido para um público high end, de mercado corporativo. O Partner foi desenvolvido juntamente com a Microsoft. O produto consumiu investimentos de US$ 6 milhões e o mercado de PDAs no Brasil está estimado em 360 mil unidades este ano.
As parcerias ainda estão em negociação, segundo Brandão. De acordo com informações de fornecedores, uma das empresas com grande interesse em lançar rapidamente seus handsets no País é a chinesa ZTE, que também estaria procurando por parceiros.
Na segunda fase, a própria Gradiente fabricará seu line up, diz Brandão. Inclusive, investindo também na tecnologia CDMA.

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