A Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Abrasat) e a SIA-Índia (Satcom Industry Association), uma das principais associações do setor espacial, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para parceria entre as duas entidades.
De acordo com a Abrasat, que reúne players privados brasileiros no setor espacial e satelital, a expectativa é de que o MoU facilite a expansão dos negócios e a cooperação entre Índia e Brasil em áreas como comunicação, lançamentos de foguetes e satélites, desenvolvimento de cargas úteis, plataformas e instrumentação terrestre.
"Este MoU estabelece as bases para um avanço significativo no fortalecimento de laços e na abertura de novas oportunidades para colaboração e benefício mútuo, com foco em áreas e aplicações muito diversas, visando alavancar a indústria de satélites de cada país", avalia o presidente da Abrasat, Mauro Wajnberg.
Já o presidente da SIA-Índia, Subba Rao Pavuluri, afirmou que "as empresas de satélites e espaciais de ambos os países devem aprofundar sua cooperação em várias áreas emergentes de comunicação por satélite, abrangendo uma ampla gama de tecnologias e serviços, incluindo conectividade de banda larga, iniciativas de inclusão digital, radiodifusão, navegação, sensoriamento remoto, telecomunicações, aplicações militares e de defesa, e sistemas de resposta a emergências".
"Índia e Brasil, como aliados chave, têm uma longa história de trabalho conjunto em fóruns bilaterais, multilaterais e plurilaterais, incluindo BRICS, IBSA, G4, G20, BASIC, ONU, OMC, UNESCO e OMPI", completou o dirigente do país asiático. Já Mauro Wajnberg, da Abrasat, lembrou da colaboração entre os países para o lançamento do satélite Amazonia 1, modelo brasileiro de observação da Terra.
De acordo com a associação brasileira, o acordo ainda permitirá explorar as novas dinâmicas de mercado, desenvolvimento de infraestrutura, avanços tecnológicos, empreendedorismo, fontes de financiamento e investimentos privados, fornecendo uma plataforma para os players do setor fazerem networking e capitalizarem em perspectivas emergentes.