Abastecimento de smartphones superará o de feature phones este ano

Pela primeira vez, as fabricantes abastecerão o mercado com mais smartphones do que feature phones em 2013, segundo previsão da IDC divulgada nesta segunda-feira, 4. O relatório diz que serão 918,6 milhões de smartphones enviados somente neste ano, o que corresponde a 50,1% do total de telefones no mundo. Isso é decorrente da queda dos preços dos aparelhos mais complexos e do avanço da tecnologia 4G. Mantendo este ritmo, a IDC acredita que serão 1,516 bilhão de smartphones abastecendo o mercado no final de 2017, o que significa 66% do total previsto para telefones móveis.

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Outro fator que aquece o mercado é a mudança de foco para atender a demanda de países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia. O relatório avalia que esses países são populosos e estão com a economia em ascensão, deixando uma crescente classe média mais "preparada" para comprar smartphones.

A IDC espera que o Brasil continue crescendo nos próximos anos por conta de "uma confluência de circunstâncias, como desonerações para fornecedores que criam negócios por meio de produção local de telefones móveis" e da melhoria econômica. Embora o consumidor ainda esteja comprando mais feature phones no varejo, a tendência é que os smartphones ganhem força por conta de subsídios de operadoras (de olho nos planos de dados) e incentivos a fabricantes por parte do governo. "O sucesso da implementação de redes LTE no Brasil é uma chave para o crescimento do mercado de smartphones no País", afirma o relatório.

O mercado brasileiro será abastecido com 28,9 milhões de smartphones em 2013, ou 3,1% de participação no mercado mundial. Para 2017, a previsão é de que sejam 66,3 milhões de dispositivos enviados ao mercado, crescendo o share para 4,4% no mundo. O crescimento previsto entre 2013 e 2017 no Brasil é um dos maiores: 129,4%, atrás apenas do aumento previsto para a Índia, que chegará a 459,7%.

Em desenvolvimento

O mercado chinês já passou os EUA em 2012 como líder global no abastecimento desses dispositivos, com foco em handsets baseados em Android e, em menor proporção, iOS. Mas a avaliação da consultoria é de que o país não terá condições de manter o ritmo de crescimento visto nos últimos dois anos, diluindo sua participação para outros emergentes.

Ainda assim, o amadurecimento da China não impossibilita o crescimento em outros mercados como o da Índia. A previsão para 2017 é que, apesar de menos da metade dos aparelhos enviados serem smartphones, o mercado indiano ainda seja o terceiro maior do mundo. A expectativa é de que, por lá, o crescimento na cobertura 3G e 4G estimule a adoção de telefones inteligentes de 2015 em diante.

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