Parlamentares que comandam comissões de ciência e tecnologia não conseguem reeleição

Foto: Pixabay

As Comissões de Ciência e Tecnologia da Câmara e do Senado já contarão com novas presidências na próxima legislatura, e possivelmente, com novas legendas nos seus principais cargos, conforme o resultado das eleições encerradas no domingo, 2.

Na Câmara dos deputados, o "centrão" incha com o crescimento do partido de Bolsonaro, o PL, que pela primeira vez na sua história terá a maior bancada da casa, com 99 deputados. Com esse crescimento, o centrão terá 235 parlamentares, conforme a divisão por Republicanos (42), PP (47), PL (99), PSD (42), Patriota (4) e PTB (1). Já os partidos de esquerda, como PSB (14), PDT (17), PSOL e Rede (14), reunirão 124 deputados.

As atuais direções da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCTCI) da Câmara dos Deputados não foram reeleitas. O presidente Milton Coelho (PSB-PE), ficou na primeira suplência neste pleito. Denis Bezerra (PSB-CE), Angela Amin (PP-SC) e Gustavo Fruet (PDT-PR), vice-presidentes do colegiado, também não conseguiram se reeleger.

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O índice de renovação na Câmara dos Deputados na eleição de 2022 é de 39,38%, segundo cálculo da Secretaria-Geral da Mesa (SGM). Trata-se de uma queda em relação à renovação recorde de 47,37%, registrada em 2018.

Senado

No Senado, a renovação foi maior. Das 27 cadeiras disponíveis nesta eleição, 22 foram renovadas, fazendo a casa atingir um índice de renovação de 80% dos postos colocados nessa eleição.

O atual presidente da CCT do Senado, senador Rodrigo Cunha (União-AL), foi para o segundo turno da disputa ao governo de Alagoas. Já o senador Jean Paul Prates (PT-RN), vice-presidente da comissão, não concorreu e encerra seu mandato no final deste ano.

O campo bolsonarista conseguiu mais da metade das vagas daqueles que ocuparão o Senado pela primeira vez. São eles Tereza Cristina (PP-MS), Damares Alves (Republicanos-DF), Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Marinho (PL-RN), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Jorge Seif (PL-SC), além do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro (União Brasil), que foi eleito no Paraná.

Dentre os destaques da esquerda na câmara alta brasileira, o PT conseguiu novos nomes como Camilo Santana, ex-governador do Ceará, a professora Teresa Leitão, de Pernambuco, Wellington Dias (PI) e Beto Faro (PA), além de Flavio Dino (PSB-MA).

Deputados setoriais

Dentre os parlamentares que costumam ter uma atuação intensa no setor de telecomunicações, Vitor Lippi (PSDB-SP) autor do PL do Silêncio Positivo; e o ex-ministro das Comunicações André Figueiredo (PDT-CE) conseguiram se reeleger para a Câmara dos Deputados. Eduardo Cury (PSDB/SP), Vinicius Point (Novo-SP) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC), não conseguiram se reeleger.

Outro deputado que também não conseguiu se reeleger e que atua no campo de tecnologia e telecomunicações é o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Silva assumiu relatorias importantes na Câmara, como a da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do PL 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News. Nesta eleição, ele ficou na primeira suplência da federação PT-PCdoB-PV.

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