A resistência das operadoras de cabo e dos grupos de mídia à entrada das teles no mercado de TV por assinatura é tão grande na Argentina quanto aqui no Brasil. Também naquele país a regulamentação ainda não permite que as teles ofereçam IPTV, mas a solução para o impasse deve vir do próprio mercado. A opinião é do diretor geral da operadora Telecom Argentina, Marco Patuano. ?A discussão anda mais na direção de uma convenção das partes do que de um projeto de lei, e o re-broadcasting é o caminho mais provável?, conta Patuano. O executivo explica que o re-broadcast consiste na transmissão integral (incluindo a publicidade) das TVs por assinatura e que essa possibilidade gera menos combate que a agregação de conteúdo ? a compra de programação direto dos canais. ?A chave é estudar o que pode ser feito. Não queremos produzir conteúdo e não queremos entrar no mercado publicitário?, enfatiza. Para ele, é possível ainda estabelecer um cronograma gradual para a entrada das teles nesse mercado, num percurso gradual com um mínimo de produção nacional. ?As teles e as operadoras de TV por assinatura precisam se conhecer um pouco mais e, para isso, o serviço (de IPTV) pode ser iniciado como algo pequeno, para se ganhar confiança, e depois partir para uma escala maior?, avalia.
ADSL
O diretor geral da Telecom Argentina pontua que o avanço tecnológico não pode ser parado. ?Estamos em trial com banda larga de 20 Mbps em ADSL 2+, é muita velocidade e se não pudermos oferecer IPTV será um desperdício de oportunidade?, argumenta.
Vale lembrar que o México aprovou nesta terça, 9, o modelo de regulamentação para o triple-play, que permitirá à Telmex (incumbent naquele país) oferecer oferta convergente de serviços de voz, dados e vídeo.