A aquisição de um terminal um terço mais barato permitiu à Arycom – representante da Vizada, que é uma das distribuidoras mundiais de air-time da Inmarsat – criar novos modelos de negócio para a exploração do serviço de banda larga via satélite da Inmarsat, o Bgan. A Arycom diversificou os modelos de negócios, criando as modalidades de locação e comodato. "Somos distribuidores de terminais, mas também somos operadores, ou seja, ganhamos com o air-time", explica o diretor comercial Ciro Chudo.
O terminal é o Sabre, produzido pela Add Value de Cingapura, e pode ser comercializado no Brasil a um terço abaixo do preço médio dos terminais desse tipo porque foi subsidiado pela Vizada. Mas mesmo assim o "brinquedo" custa caro: R$ 6 mil é o preço de tabela, podendo ser menor dependo do volume. O aparelho consegue taxa máxima de 384 kbps de velocidade de download e pesa um pouco mais de 1,5 Kg.
Inicialmente a Arycom encomendou um lote com 100 unidades e já analisa algumas propostas. Svante Hjorth, presidente da Arycom, explica que durante o ano passado a empresa se esforçou em divulgar o conceito de banda larga via satélite, até porque a licença para a comercialização do serviço Bgan saiu apenas em julho. Com a licença concedida e os terminais na prateleira, a Arycom pretende colocar em operação ainda este ano cerca de 300 terminais Sabre. "A crise passou longe de nós. Mercados como mineradoras, forças armadas e Polícia Federal estão vendo no satélite uma necessidade de comunicação. A demanda é grande, ainda mais com essas novas formas de fornecimento", diz Chudo.
A Arycom venceu as duas fases de uma licitação promovida pelo Exército Brasileiro para fazer uma radiografia da Amazônia. Na primeira fase, finalizada em 11 de julho do ano passado, a empresa venceu a concorrência para fornecer os terminais. Um mês depois, venceu a segunda fase, a do fornecimento do air-time.
