Com demanda do 5G, capacitação é questão de política pública, defende presidente do Crea-SP

Presidente do Crea-SP, Vinícius Marchese. Foto: Paulo Vitale/Crea-SP

A chegada do 5G evidencia uma antiga queixa do setor de telecomunicações pela falta de mão de obra qualificada, e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) sabe disso. Há pouco mais de um ano, o presidente da entidade, Vinícius Marchese, disse ao TELETIME que queria abrir um diálogo para ampliar a capacitação, além da continuidade das atividades de fiscalização. Nesta sexta-feira, 2, o executivo conversou novamente com este noticiário, e disse que continua sendo uma questão.

"Temos um gargalo, é uma questão de política pública. Em maio de 2020, a McKinsey fez um estudo prevendo que até 2030 o Brasil precisará de um milhão de profissionais na área de tecnologia, em engenharias, TI e telecom. E não teremos profissionais para atender a essa demanda", analisou Marchese. Ou seja: em sete anos, o País poderá ter impactos mais graves se não nada for feito. 

Para o executivo, é preciso que seja uma política pública mais ampla e federal, para além do escopo de uma entidade regional como o próprio Crea-SP. "O 5G tem um cronograma até 2029, e até chegar lá vamos ter países implantando o 6G. Então tudo isso precisa de debate muito mais amplo do que pequenas iniciativas de capacitação." 

Notícias relacionadas

No ano passado, o presidente da entidade sugeriu a existência de um selo de qualidade na Anatel para que houvesse exigência de profissionais devidamente habilitados. Federação que reúne empresas de call center, instalação e manutenção de redes de telecom, a Feninfra havia manifestado interesse em conversar com o Crea-SP e com a agência para desenvolver o assunto. No entanto, Marchese diz que essa iniciativa ficou para o próximo ano.

"Chegamos a conversar com a Feninfra, ficamos de formar uma equipe, mas isso não se concretizou. Eu acabei me licenciando para participar do processo eleitoral, e o projeto ficou para 2023." O executivo disputou cargo de deputado federal pelo PSD em São Paulo nas Eleições deste ano.

De acordo com Vinícius Marchese, o planejamento estratégico do Crea-SP para 2023 está mantido para as atividades prioritárias de acordo com as necessidades do estado, incluindo entregas além da fiscalização. A entidade tem atualmente 130 fiscais, mas prevê abrir concurso no ano que vem para mais vagas. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!