O futuro presidente da Telecom Italia para a América Latina, Giorgio della Seta, disse que a fase de briga que caracterizou o relacionamento da Telecom Italia com os sócios (Citibank, fundos e Opportunity) terminou. ?É muito bom porque o objetivo do grupo é concentrar-se na atividade celular com a TIM e ter um relacionamento normal com os sócios?, afirmou o executivo. Mas confirmou que as negociações em torno do controle da Brasil Telecom pararam, seja para compra ou venda do controle. Na verdade, o acordo para compra da parte do Opportunity na BrT foi inviabilizado por decisões judiciais, enquanto as negociações com os fundos de pensão e Citibank foram suspensas. Della Seta, que assume oficialmente o cargo a partir de 1° de janeiro, disse que é difícil saber quando as negociações serão retomadas.
Enquanto não há um acordo, a operadora não consegue fazer a convergência dos serviços fixo-móvel, além de as questões societárias, estratégicas e de investimento continuarem travadas. Della Seta tentou mostrar que isto não incomoda a companhia, pois, afinal, não há o que fazer a respeito. ?Nosso objetivo era ter uma operação fixa. Até hoje não encontramos um acordo com os sócios?, argumentou. ?Mas no mundo também tem concorrentes de grande sucesso que operam só como telefonia móvel.?
Com ou sem operação fixa, a TIM do Brasil será a maior empresa do País, opinou o presidente da empresa, Mario Cesar Pereira de Araujo, ao citar uma previsão do chairman do grupo (Tronchetti Provera), embora reconheça que será preciso ainda dar um grande passo em direção a essa liderança. Resignado, Araujo acha que a convergência é de plataforma. ?Temos que aprender a trabalhar com o que temos.?
Os executivos participaram da inauguração do pólo tecnológico da TIM, em Santo André, nesta sexta, 2.
