CPQD inaugura Núcleo de Evolução Tecnológica para telecom e energia

Foto: Divulgação/CPQD

O CPQD inaugurou nesta segunda-feira, 2, um Núcleo de Evolução Tecnológica para pesquisa, desenvolvimento e inovação nas áreas de conectividade e energias renováveis. Localizado em Campinas (SP), o novo conjunto de laboratórios é fruto de investimento próprio de R$ 12 milhões do instituto.

A abertura do espaço de até 4 mil metros quadrados ocorreu em solenidade na sede do centro de pesquisas, e que contou com a presença do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do prefeito de Campinas, Dário Saadi, de parlamentares, representantes da Anatel, das operadoras de telecomunicações e de provedores regionais. 

Com o núcleo, o CPQD espera ampliar a oferta de produtos, serviços, consultorias e ensaios laboratoriais para os segmentos público e privado. A decisão segue estratégia do centro de se posicionar como um player de mercado junto a empresas, além de seguir atuando como parceiro do Estado no desenvolvimento e validação de tecnologias.

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"Este ano estamos crescendo em 30% por cento os projetos de inovação tecnológica [para a iniciativa privada], o que nos levou a aumentar nossa capacidade produtiva", resumiu o diretor de Tecnologia e Novos Produtos do CPQD, Frederico Nava. Já o presidente da entidade, Sebastião Sahão Júnior, classificou o investimento como a conclusão de um ciclo tecnológico de quatro anos onde mais de R$ 30 milhões em infraestrutura foram investidos, a partir de uma visão empresarial.

Open RAN

Na área de telecom, comunicações ópticas e sem fio devem ser trabalhadas no novo núcleo. Um dos destaques será o desenvolvimento de tecnologias para Open RAN (redes de acesso em rádio abertas e interoperáveis). 

Hoje, o CPQD já conta com uma rede privativa 5G baseada na abordagem, além de integrar o projeto Plataforma 5G BR, financiado com recursos do Funttel, e o Programa OpenRAN@Brasil, conduzido em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Neste ano, o instituto também se tornou um Centro de Competência Embrapii em Open RAN, em trabalho que se beneficiará do novo núcleo inaugurado.

Segundo o gerente de Soluções de Conectividade do CPQD, Gustavo Correa Lima, o novo espaço permitirá ampliação de serviços em quatro verticais dentro do ecossistema Open RAN: pesquisa e desenvolvimento de novas soluções, certificação e treinamento de profissionais, associação tecnológica e atração de startups

"Essa infraestrutura funcionará como um laboratório vivo para o desenvolvimento de aplicações 5G e Internet das Coisas (IoT). E será um dos espaços para a realização de testes de interoperabilidade e customização de soluções Open RAN para o mercado brasileiro", indicou o profissional. 

A abordagem aberta para as redes não é o único elemento da agenda de conectividade. Outros recursos que devem ser trabalhados no núcleo incluem chip fotônico desenvolvido no CPQD para comunicações ópticas na casa do terabit por segundo (Tbps), usos de IoT como plataformas de gestão, conexão de drones e telemetria em veículos e também o desenvolvimento de equipamentos sem fio para a área de Defesa.

Energias renováveis

Mesmo a vertente de energias renováveis do Núcleo de Evolução Tecnológica está diretamente ligada com a cadeia de telecom, recorda Frederico Nava – ao citar a demanda crescente por eficiência energética no setor. 

Uma das iniciativas na área é tecnologia para predição de status de baterias em estações de conectividade de localidades remotas. A tecnologia já é objeto de uma prova de conceito ao lado da Telebras para conectividade em áreas desprovidas de energia elétrica na Amazônia, auxiliando a detecção do estado da bateria de modems satelitais ou de WiFi. Agora, o objetivo do CPQD é encontrar parceiros industriais para escalar a tecnologia e reduzir custos.

Outra área importante na atuação do centro é a de mobilidade elétrica, onde trabalho para viabilização de eletropostos já está sendo conduzido ao lado de concessionárias de energia elétrica. "Com as novas instalações laboratoriais, estamos prontos para novos desafios tecnológicos visando atender às diversas necessidades do ecossistema de energia sustentável, o que inclui sistemas de armazenamento e também de suporte a operação, além de aplicativos para usuário final", afirma Aristides Ferreira, gerente de Soluções em Energia do CPQD.

* O jornalista viajou para Campinas a convite do CPQD

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