Empresas encaram satélite como solução complementar

A percepção sobre o uso da infra-estrutura de satélite mudou do último ano para cá, afirma o diretor regional da Hughes, Edson de Vito. O executivo apóia-se em vários argumentos para fazer a constatação. Primeiro, diz, há uma maior aderência das operadoras de telefonia às soluções de satélite, complementando seus portfolios. Há uma maior penetração da oferta em todo o País e até mesmo nos países vizinhos; as novas aplicações chegam a um custo mais acessível; e há um rápido crescimento das estações instaladas.
Para De Vito, a grande mudança é a confiança adquirida no satélite. ?Em 2003, não tínhamos o respeito das empresas. Agora, fazemos testes e estamos até homologando soluções para operadoras?, afirma. O executivo avalia que o Brasil está na primeira fase do satélite, que é a da aceitação do meio como solução ou complemento de solução. A segunda fase, pela qual passa os EUA, é a da escala, ou seja, um grande volume de empresas atendidas por meio do satélite. Por fim, a Europa está no que De Vito define como a terceira fase, em que os satélites estão adquirindo novas aplicações multimídias, como qualquer outra plataforma de telecomunicações.

Perspectivas

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As perspectivas para o setor são mais animadoras também, acredita o executivo. De concreto, De Vito cita a licitação da Telemar para o cumprimento da última etapa do PGMU, com 4,6 mil pontos. A Hughes é uma das empresas que está na licitação. A Brasil Telecom deve lançar em breve seu edital com mais 1,8 mil pontos e ainda há a Embratel e a Telefônica, cujos editais deverão ser definidos até 2005. O satélite, para De Vito, se encaixa perfeitamente no atendimento ao PGMU porque, no caso da Telemar, já foi observado que soluções via rádio ou WLL ficam caras. Finalmente, há o atendimento ao Serviço de Comunicações Digitais (SCD), que figura como um negócio potencial para o satélite.
O mercado corporativo é ainda o maior driver do setor. As pequenas e médias empresas começaram a ser atendidas mas ainda são consideradas de médio risco (inadimplência). Finalmente, os preços das soluções satelitais atualmente competem com soluções terrestres, como frame relay e MPLS. Só não conseguem competir com as soluções de ADSL (das fixas), GPRS (das móveis) e Wi-Fi (das móveis e fixas).

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