Empresa lança o SIM Monitor, ferramenta contra golpe de SIM swap

SIM Monitor

O crescimento de golpes de SIM Swap ao longo de 2023, inclusive de pessoas próximas de seu circulo social, levou Alexandre Dias, CEO da Talk Communications, a pensar em uma estratégia para combater o problema. A ideia deu vida ao SIM Monitor, uma plataforma que notifica os usuários antes da portabilidade de operadora ser concretizada.

O golpe do SIM Swap é uma resposta de criminosos contra o fortalecimento em mecanismos de segurança em smartphones. Nele, os golpistas fazem a portabilidade da linha do usuário para outra operadora, visando o acesso a contas bancárias, e-mail e redes sociais mesmo com a autenticação de dois fatores. Assim, passam a ter livre acesso para acessar os recursos financeiros das vítimas. 

Para direcionar a questão, a saída foi utilizar a base de dados da Agera – operadora do grupo Talk com acesso às informações da janela de portabilidade – para encaminhar as solicitações da maneira correta. Dessa forma, é possível verificar os dados, checar com antecedência se algum de seus clientes têm uma portabilidade programada dentro de algumas horas e notificá-lo sobre o horário em que a mudança vai ocorrer. 

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"O foco do SIM Monitor é atuar como uma das formas de defesa do SIM Swap, avisando o cliente antes da troca de chip de telefone. A pessoa não consegue reverter a portabilidade, mas consegue avisar a operadora e ter um maior controle sobre a linha", afirma Alexandre Dias, CEO da Talk Communications, em entrevista ao TELETIME.

Alexandre Dias, CEO da SIM Monitor e da Talk Communications – Foto: Divulgação

Lançada em novembro, a plataforma soma hoje 1,7 mil clientes em pouco mais de dois meses. Até o final do ano, a meta é somar uma base com 200 mil usuários. Para avançar, há algumas estratégias no pipeline.

Uma delas é que a comercialização do produto é ofertada em diferentes planos. O mais básico custa R$ 8,33 por mês (R$ 99,90 no plano anual) e inclui a checagem da portabilidade e o monitoramento das redes sociais como Facebook, X e Instagram, que é feito de forma diária. No dashboard, há uma visualização geral de todas as contas e também por redes sociais.

Já o plano plus sai por R$ 41,59 ao mês (R$ 499 no ano) e leva o que a empresa chama de "coleta de evidência". Na prática, em caso da pessoa ter suas redes sociais hackeadas, o SIM Monitor reúne prints, links e prepara um relatório de incidente para apresentar como prova, para que o cliente possa se defender de eventuais processos na Justiça.

Por fim, o plano pro é disponibilizado por R$ 83,25 (R$ 999,90 na cobrança anual) e se justifica pelos serviços oferecidos, afirma Dias. Neste caso, a plataforma não apenas reúne as informações para a prevenção contra processos judiciais, como também atua como uma espécie de assessor jurídico técnico, registrando o horário de SMS e ligações e acionando a operadora para verificar o que foi feito de errado na troca de linha.

Em outra frente, existem conversas com investidores para campanhas de marketing. A estratégia é dar publicidade ao produto por meio de influenciadores, além de mídias em elevadores, rádios e sites. 

Em uma terceira frente, há conversas com os players do segmento, em uma estratégia B2B2C. "Isso é um problema para os clientes que são portados e temos conversado com as operadoras para que elas possam oferecer o serviço aos seus clientes", diz o CEO da talk Communications.

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