Mercado de telecom no Brasil será impulsionado por redes privativas, cloud e 5G, diz IDC

Foto: Pixabay

O mercado brasileiro de TICs encerrou 2022 com receita de US$ 75 bilhões, dos quais US$ 29 bilhões somente em telecomunicações. A estimativa é da consultoria IDC e foi apresentada em evento online nesta quinta-feira, 2. Com isso, o País representa 27% do total da América Latina em telecom, e 33% em TICs. 

Para 2023, a IDC prevê algumas tendências relacionadas especialmente a redes privativas e tecnologias sem fio, como 5G e WiFi 6. De acordo com o diretor de telecom da IDC para América Latina, Luciano Sabyoa, esses pontos também estão conectados pelo avanço da cloud. "As telcos serão cada vez mais importantes para provedores de nuvem – serão parceiros de serviço, mas também parceiros de rede tradicionais", destacou. 

Essa transformação também impulsionará a virtualização do core de rede. A expectativa é de que este ano as teles e os provedores de nuvem efetuem mais acordos neste sentido, até pela "necessidade de habilitar novas funções de TI para operadoras", como os sistemas BSS/OSS e de dados, além da própria implantação das redes 5G, uma vez que o padrão standalone (release 16) demanda um core em cloud. "Estamos no início dessa jornada", pontua Saboya. 

Notícias relacionadas

A IDC estima que haverá um crescimento de 35,2% na adoção de infraestrutura como serviço (IaaS) nos próximos cinco anos no Brasil, além de 42,2% em plataforma como serviço (PaaS). 

Redes privativas

A IDC também enxerga intensificação de adoção de 5G em redes privativas ao longo deste ano, especialmente combinadas com IoT, AI, machine learning e computação de borda multiacesso (MEC, na sigla em inglês). Naturalmente, Saboya pontua que isso trará novas oportunidades de receita para operadoras, indo além do mero fornecimento de conectividade. 

Para a IoT em si, a previsão da consultoria é de que os gastos no Brasil cheguem a R$ 11,2 bilhões em 2026, dos quais 38% serão apenas para conectividade. "O mercado de redes móveis privativas deve crescer acima de 35% no período", declara o diretor da consultoria. As oportunidades estarão concentradas na eficácia de endpoints de Internet das Coisas, além de dispositivos móveis corporativos, substituição de infraestrutura de rede e fatiamento de rede (network slicing).

Wireless first

Dentro desse contexto, a IDC enxerga que há cada vez mais necessidade de descentralização do acesso e do transporte para o provedor de conectividade. "Isso amplia a prestação de serviços de conectividade, envolvendo também endpoints, utilizando WiFi 6, NB-IoT, 5G, satélite e outras tecnologias", coloca o diretor da consultoria. 

Desta forma, a estimativa da empresa é de que o WiFi 6 cresça 17% em 2023 por conta da implantação de Internet das Coisas e inteligência artificial. Essa tecnologia, que engloba também o padrão 6E (utilizando a faixa de 6 GHz), deverá representar 65% do mercado brasileiro de redes sem fio (WLAN) em 2026. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!