Vivo vai avaliar base de fibra da Oi; contrato com V.tal traz complexidade ao negócio

Christian Gebara, da Vivo. Foto: Divulgação

O CEO da Vivo, Christian Gebara, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que a operadora deve avaliar a base de clientes de fibra óptica da Oi em um eventual processo de venda dos ativos realizado pela concorrente. O contrato de ocupação de rede que a Oi possui com a V.tal, contudo, seria uma complexidade para o negócio.

"Vamos analisar e entender o que é, porque estamos falando de uma base de clientes e também de um contrato que existe entre esses clientes e uma ocupação da rede da V.tal", afirmou Gebara, em coletiva de imprensa sobre os resultados da Vivo no terceiro trimestre.

"Então tem complexidade maior do que só uma venda de clientes, porque entendemos – não temos visibilidade nenhuma nesse momento ainda – que ela está atrelada ao contrato de ocupação de uma rede de um terceiro, cujo controle está na mão de uma outra empresa. Então está muito incipiente para dizer que há interesse", completou Gebara – assinalando que qualquer decisão dependerá das condições reais da operação. 

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No caso do contrato de ocupação da rede neutra de fibra da V.tal entrar no negócio, a sobreposição com a rede da Vivo passa a ser uma variável, apontou o CEO. "Se estamos falando de clientes não tem sobreposição, mas ela começa se envolver também a ocupação de rede. Se essa outra rede tiver sobreposição com a minha, a atratividade é menor". 

A Oi anunciou na última semana que está avaliando alternativas para monetizar sua unidade de banda larga via fibra óptica dos segmentos varejo e empresarial, como parte de seu segundo processo de recuperação judicial. O Citigroup e o BTG Pactual serão assessores, sendo que este último também é controlador da V.tal – empresa de redes neutras de fibra cuja infraestrutura suporta os 4,3 milhões de acessos de fibra da Oi. Já a Vivo soma 6 milhões de assinantes na tecnologia. 

De uma forma geral, Gebara afirmou que a empresa está sempre avaliando ativos de fibra óptica, considerando fatores como a sobreposição, qualidade técnica da infraestrutura e dos equipamentos de casa do cliente, disciplina fiscal e preços versus o custo de construção de rede e conexão de clientes da Vivo. "Até agora não fizemos uma grande aquisição e chegamos a 25,1 milhão de domicílios passados [HPs] através de crescimento orgânico e apoiado pela FiBrasil. Esse é o modelo que temos seguido até agora". 

1 COMENTÁRIO

  1. A Oi antes da privatização foi Telemar e Telemig fixa também foi Telemig Celular que hoje a marca ê VIVO que hoje não tem qualidade e sim quantidade.

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