Além de contar com uma rede LTE fornecida pela Vivo para operações em minas, a Vale também iniciou um projeto para cobertura da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Neste caso, uma solução nacional em 250 MHz fornecida pela Trópico (uma empresa do CPQD) está sendo utilizada.
A informação foi compartilhada pelo head de conectividade industrial da Vale, Mario Azevedo, durante evento online promovido pela Futurecom nesta última terça-feira, 30. "Começamos um projeto para cobrir a ferrovia Vitória a Minas e substituir o sistema atual de comunicação trem-terra. Fizemos em cima da rede em 250 MHz em parceria com a Trópico", afirmou o executivo, destacando o caráter nacional da tecnologia.
Tais equipamentos LTE da fornecedora brasileira já vêm sendo utilizados há algum tempo em operações da Fazenda São Martinho, considerada uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar do mundo. O caso de uso foi inclusive destacado pelo presidente da Anatel, Leonardo Euler, também durante o evento promovido nesta terça-feira.
Na Vale, Azevedo destaca que diferentes soluções são necessárias para fins distintos. "Ferrovias, portos, minas são casos de uso complemente diferentes. A ferrovia requer pouca banda e muita cobertura, sendo que na mina é o contrário. Então para ferrovia, [a solução em 250 MHz da Trópico] cai como uma luva, mas talvez não fosse a melhor pra mina e vice-versa".
No caso da rede LTE fornecida pela Vivo, o suporte mira outros tipos de operação crítica nas jazidas de mineração, como a operação de caminhões autônomos; até o fim do ano, 36 veículos devem rodar com ajuda da cobertura. Além disso, outros controles de segurança (como detecção de anomalias) também devem ser permitidos pela rede futuramente. O acordo da Vivo com a mineradora atende minas da Vale no Pará e em Minas Gerais.