TIM propõe às operadoras uma nova etapa no compartilhamento de rede: o RAN sharing

Um dos saldos positivos da introdução das redes de banda larga móveis no Brasil foi a consolidação do compartilhamento de infraestrutura entre as operadoras. Hoje, é intensa a troca de sites e redes de backhaul entre as diferentes teles, inclusive com a construção conjunta de um grande backbone nacional entre Vivo, TIM, Claro e GVT. Mas existe um próximo passo que começa a ser planejado pelas empresas que é o RAN (Radio Access Network) sharing, ou o comaprtilhamento da rede de acesso de rádio. A proposta foi colocada publicamente por Janilson Júnior, gerente de inovação da TIM Brasil, que falou durante o 3º Seminário Wireless Broadband, organizado pela TELETIME nesta quinta, 1, em São Paulo. Ele destacou que existe, nas redes de banda larga móveis (3G e 4G), uma tendência inexorável de aumento do custo incremental de longo prazo, o que coloca forte pressão sobre a otimização da rede e gestão de custos. Um desses elementos de otimização e racionalização de custos é o compartilhamento. Hoje, a TIM compartilha 40% dos sites e boa parte do seu backhaul, e quer expandir essa política para elementos ativos da rede, como as estações radiobase, e fazer o RAN sharing, uma tendência que já se verifica em outros países.
Para Leonardo Capdeville, diretor de planejamento da Vivo, essa é de fato uma tendência importante e que desperta o interesse da operadora. Atualmente, contudo, a Vivo atua no sentido de ampliar a cobertura com rede própria, levando até o final do próximo ano a sua rede 3G para 2,83 mil municípios em todo o Brasil, o que a forçará a construir boa parte da rede nessas cidades. "Mas estamos nos preparando para compartilhar essa nossa rede com quem quiser e vamos compartilhar rede de outros operadores em cidades onde não estamos indo", explica. A Vivo alega que essa forte expansão do serviço 3G tem uma componente social importante, mas também é positiva economicamente para a operadora quando olhada em conjunto. "Em casos isolados, a rede pode não ter retorno, mas no cômputo final, essa expansão é um bom negócio para a empresa".

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