WiMax se consolida como tecnologia de acesso fixo entre emergentes

Durante o primeiro dia do WiMax Global Congress 2009, que acontece esta semana em Amsterdã, um fato chamou a atenção: a implantação da tecnologia em mercados emergentes tem se mostrado cada vez mais consolidada como um alternativa à banda larga fixa.
Um mercado em que o WiMax se destaca de maneira positiva é o mercado africano. Existem dezenas de operações de banda larga no continente, e muitas em implantação, sobretudo em regiões menos prósperas. Mas como o custo da infraestrutura em geral é muito elevado na África, o serviço final é inacessível à maior parte da população. Wilfried Yver, diretor de acesso corporativo da Orange Botsuana, diz que hoje o marketing do WiMax é todo feito como um serviço fixo. "A Orange é o segundo operador de banda larga, mesmo cobrando o equivamente a 49,90 euros", diz ele.
No caso da Russia, também, o WiMax fixo tem sido introduzido como um serviço fixo, e sobretudo em regiões remotas, de pouca competição. Segundo Bob Fonow, VP da Trivon/Virgin Connect, os mercados desenvolvidos da Rússia estão bem atendidos por UMTS e GSM. "Eu acredito que melhor maneira de uma empresa iniciar a oferta de wireless broadband é começando em regiões menos densas, em cidades pequenas e médias", afirma. Para ele, "se uma empresa pequena entrar em Moscou e tentar vender WiMax ela não vai muito longe".

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Abdullahi TijjaniSulaiman, diretor de planejamento de espectro da MTN Nigeria, o desenvolvimento de aplicações para as redes WiMax e o roaming ajudariam a transformar o WiMax em uma rede móvel, mas hoje é claramente uma tecnologia de acesso fixo ou, no máximo, portável à Internet.
Roger Dorf, VP broadband wireless da Cisco, vai mais longe e diz que o WiMax é a única tecnologia que combina acesso banda larga de massa com mobilidade. E completa: "VoIP é um serviço de valor adicionado fundamental para operadores de WiMax".
Mas o mercado que mais desperta curiosidade e que pode ter o papel mais importante na consolidação do WiMax como uma tecnologia de acesso é a Índia. É lá que estão as principais apostas. Metade dos 100 milhões de usuários de internet na Índia usa o serviço de Internet em cibercafes. E há 184 mil cibercafés na Índia, estando aí uma chance de crescimento de acesso corporativo sem precedentes.
Além disso, a carência de acesso fixo na maior parte das cidades indianas e o sucesso da telefonia móvel também ajudam o WiMax. Isso porque as redes estão chegando rapidamente a um ponto de saturação na capacidade, de modo que as frequências de 3G serão usadas principalmente para desafogar esse tráfego, e não para criar oporunidades de negócio em banda larga
Uma das apostas são os modems WiMax com WiFi integrado, para que apenas uma conexão seja compartilhada por vários usuários
Em outros países, como a Jamaica, há casos de operadores que usam WiMax integrado com redes 3G. Magnus Johansson, diretor de banda larga da Digicel jamaicana, explicou que o WiMax deu agilidade no início das operações ao mercado corporativo. "E no caso do residencial, estamos com os sistemas de pré-pago para WiMax integrado com o nosso 3G, e existe uma ótima oportunidade de vender a banda larga nesse modelo, o que o ADSL não tem".
Em todos os casos, contudo, os operadores destacaram que ainda existe um custo significativo para a implementação do backhaul para as redes WiMax.

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