O relatório mensal de atividades da Oi em janeiro elaborado pelo escritório Arnoldo Wald (administrador da recuperação judicial da operadora) apontou uma geração de caixa operacional líquida negativa de R$ 517 milhões durante o primeiro mês do ano.
A cifra é mais que o dobro dos R$ 250 milhões negativos registrados em dezembro de 2020. Uma queda de 25% nos recebimentos da Oi durante janeiro foi a principal causa para a deterioração: a empresa faturou R$ 1,832 bilhão, ou R$ 608 milhões a menos que no mês anterior.
Pagamentos e investimentos também foram reduzidos durante o intervalo. Estes caíram pela metade, passando para R$ 257 milhões em janeiro ante R$ 525 milhões no último mês do ano passado. No caso dos pagamentos, houve redução mensal de 3,3%, para R$ 2,093 bilhões.
Saldo
Também houve efeito da saída de R$ 198 milhões para operações intra-grupo. O valor está relacionado com operação de adiantamento para futuro aumento de capital da InfraCo, subsidiária que vai concentrar os investimentos em fibra óptica do grupo.
Dessa forma, o saldo final do caixa financeiro da Oi foi negativo em R$ 712 milhões durante janeiro, resultando em montante de R$ 3,260 bilhões que representa redução mensal de 17,9%.
Receita
O relatório forneceu uma explicação para a queda de R$ 608 milhões nos recebimentos da Oi durante janeiro. "A redução observada está relacionada com recebimentos pontuais de clientes governamentais, de outras operadoras e com a elevação da recarga do pré-pago ocorridas em dezembro/20", afirmou.
A menor quantidade de dias úteis em janeiro e a diminuição dos recebimentos "intercompany" por serviços de interconexão também geraram efeitos, segundo o documento.
Já sobre a queda no capex, a companhia afirmou que a redução pontual observada no mês "não compromete a execução do plano estratégico de aceleração dos investimentos, principalmente em fibra óptica".