Ainda este ano, a Nokia, em parceria com a NASA, colocará na superfície da Lua a primeira estação radiobase 4G.. Trata-se de um experimento encomendada pela Agência espacial Norte-americana à empresa finlandesa que pretende entender os desafios de conectar dispositivos na superfície lunar, com foco em futuras missões de exploração e no estabelecimento de uma base no satélite natural. O lançamento da ERB será pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, no segundo semestre, e a missão deve durar no mínimo 2 semanas, ou quanto tempo os equipamentos se mantiverem em funcionamento no hostil ambiente da Lua.
Segundo Wilson Cardoso, CTO da Nokia para a América Latina, trata-se de um projeto de imensa complexidade. A começar pelo tempo de planejamento e preparação: 10 anos. Esta é a razão pela qual a ERB será 4G, e não 5G. "O 5G simplesmente não existia quando o projeto começou, mas já estamos trabalhando em missões futuras com 5G". Outra grande dificuldade de estabelecer um sistema de comunicação na Lua é o ambiente altamente ionizado, já que está exposto aos ventos solares sem nenhuma proteção de atmosfera ou campo magnético, como a Terra. "Não tem aterramento na Lua, então os equipamentos podem queimar imediatamente".
A comunicação com a Terra também é um problema, já que não existem links de comunicação. a ERB se conectará, então, por laser com um satélite que orbitará a Lua, e que será a responsável por enviar e receber as informações de volta à Terra. A ideia do teste com 4G é utilizar a tecnologia para estabelecer comunicação e controle de dispositivos. Haverá um módulo veiccular comandado via 4G.
A operação é baseada no espectro de 1,7 GHz, para assegurar cobertura mais ampla. A liberação do espectro, inclusive, foi a parte mais fácio do projeto. "A gente não sabia nem para quem pedir o uso das frequências, e esperamos que não tenha nenhuma interferência nesta faixa", brinca Cardoso.
Parceria com a AST
Mas esta não é a única aposta da Nokia no segmento espacial. A empresa tem parceria com a AST para dar suporte a uma constelação global de satélites de órbita baixa que fará a conexão via satélite, diretamente ao handset, a taxas de transmissões de alta capacidade. Não se trata de uma conexão voltada a aplicações de UInternet das Coisas ou serviços emergenciais, mas sim acesso a uma rede de dados com qualidade ao 4G ou 5G em terra. Cada satélite da AST, no formato de um biscoito de cerca de 64 metros quadrados com vários paineis de antenas MIMO de um lado, virado para a Terra, e paineis solares virados para o espaço.
São ao todo 64 paineis de antenas, cada uma com capacidade de transmissão de 4 Gbps e operando no espectro de 700 MHz e 2,1 GHz de 4G. A constelação está prevista para 168 satélites (nem todas com antenas MIMO para 4G), e ficará em órbita baixa. O primeiro satélite de testes já está no ar. A AST já anunciou no Brasil uma parceria com a TIM e tem como um de seus acionistas a American Tower. O primeiro satélite
