A banda larga representará cerca de 25% da receita total das operadoras de telefonia fixa em todo o mundo nos próximos cinco anos, segundo o instituto de pesquisa Pyramid Research. A internet de alta velocidade atrairá muita atenção e investimento das teles porque praticamente não há mais crescimento da base de assinantes nas linhas fixas, de acordo com os analistas. O mercado corporativo, incluindo as pequenas e médias empresas, que representava cerca de 53% da receita total das teles, deve gerar 48% do faturamento total até o ano de 2008. O motivo, segundo a analista Juliana Abreu, é a queda do mercado de voz e de longa distância na telefonia fixa.
O mercado de telefonia móvel, ao contrário, que já cresceu bastante no ano passado, principalmente nos últimos dois meses, ainda tem espaço para crescer.
Pré-pago
Um dos maiores desafios das operadoras móveis, segundo Juliana, será rentabilizar o segmento pré-pago. A previsão do instituto é que, das adições líquidas nos próximos cinco anos, pelo menos 90% serão do segmento pré-pago. Já o crescimento da base pós-paga ficará concentrado principalmente no mercado corporativo. Outro obstáculo é o baixo ARPU, que deve girar entre US$ 10 e US$ 11. Para isso, as operadoras terão que trabalhar o custo de aquisição do usuário e a escala.
Juliana diz que ainda há grandes fatores que definirão o cenário de competição da telefonia. Entre os quais, a venda de novas licenças pela Anatel, para o mês de junho; a livre negociação da tarifa de interconexão (VU-M) com as fixas, tarifa essa que subsidia o segmento pré-pago; a regulamentação do unbundling; e as metas de universalização novas e de que forma isso afetará as empresas.
A analista Juliana Abreu participou do evento ?Brazilian Communications Market?, promovido pelo Pyramid Research nesta terça-feira, 4, em São Paulo.
