A participação da Vivo, Brasil Telecom e da associação Telebrasil foi o destaque da tarde desta sexta-feira, dia 31, no primeiro dia da reunião extraordinária do CBC (Congresso Brasileiro de Cinema), que acontece até domingo em São Roque (SP). Trata-se de um evento que, até então, era exclusivo do setor de cinema e de profissionais do mundo audiovisual.
As teles apresentaram aos produtores e distribuidores de audiovisual seus serviços de vídeo, avisando que estão abertas a parcerias para a distribuição de conteúdos.
Carlos Watanabe, diretor adjunto de desenvolvimento de negócios e vídeo comunicação da Brasil Telecom, detalhou o serviço de video-on-demand que a operadora lança em setembro em Brasília. Segundo ele, a tele está em busca de conteúdos de todos os tipos, e o modelo de remuneração será o de revenue share, ou seja, o produtor/distribuidor fica com uma parte da receita cada vez que seu conteúdo for assistido. Watanabe prevê uma remuneração aproximada de R$ 1,50 por exibição de um longa-metragem. "É mais, em média, do que pagamos para os estúdios norte-americanos", contou.
Confederação
O superintendente executivo da associação Telebrasil, César Rômulo Silveira Neto, sugeriu aos produtores que criem uma federação, a exemplo do que já existe na indústria de software, radiodifusão e telecomunicação, para compor uma Confederação Nacional da Informação e Comunicação.
Silveira Neto afirmou a este noticiário que já existem conversas entre as federações existentes, faltando apenas "convergir em uma confederação". Para formar uma confederação, explica, são necessárias três confederações. "Queremos mais uma para que a confederação não fique refém de nenhum dos setores participantes", afirmou.
O executivo também informou que a Telebrasil quer fazer um Festival de Conteúdo Multimídia dentro de seu evento anual, que acontece em junho de 2008.