A consultoria DealMaker divulgou nesta terça-feira, 31, o relatório das maiores fusões e aquisições no ano passado em todo o mundo. Esses negócios movimentaram US$ 293,6 bilhões, dos quais 39% (US$ 114,5 bilhões) foram do setor de telecomunicações e envolveram empresas como Nextel/Sprint, AT&T Wireless/Cingular e TIM/Telecom Italia. Em 2003, a participação do setor nas transações de fusões e aquisições foi de apenas 9%.
De acordo com a consultoria, quatro das cinco principais operações envolveram empresas de comunicação móvel, o que confirma uma tendência de consolidação geral no setor, iniciada pela recomposição dos ativos em operadoras móveis.
Já no início de 2005, novas movimentações de grande relevância confirmam e ampliam esta tendência, em particular nos EUA, com a aquisição da AT&T pela SBC, por US$ 16 bilhões; a disputa acirrada pela aquisição da MCI entre Qwest e Verizon, com esta última como vencedora, por US$ 8,5 bilhões; e a recomposição do capital na Cox, uma das principais operadoras de cabo dos EUA, que aponta um fortalecimento relativo das operadoras de cabo na constituição de estratégias
O relatório da DealMaker indica que os principais direcionadores de fusões/aquisições observados nas dez maiores operações no ano passado incluem a redução de gastos de capital e operacionais; a redução do número de concorrentes em setores fortemente competitivos mas com forte tendência de consolidação em função de economias de escala (como ocorre em telecomunicações); e o fortalecimento e diferenciação de portfolio de serviços.
AL e Caribe
As dez maiores fusões e aquisições na América Latina e Caribe no ano passado movimentaram US$ 26,2 bilhões, ou cerca de 9% do mercado mundial. Somente as três maiores operações representaram 85% do total das dez maiores e, assim como em todo o mundo, um dos principais setores envolvidos foi o de telecomunicações, com 34% do total de transações (10% em 2003). Assim como em 2003, na região, o Brasil foi o principal destino de recursos nestas operações no ano passado, com 45% do total. Mas, apenas a negociação entre o BellSouth Latin America Group e a Telefónica Móviles representou 28% do total de recursos negociados na região.