Iusacell nega, mas Telefónica confirma negociação para fusão no México

Em um fato relevante lacônico enviado nesta quarta, 30, à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNVM) da Espanha, a Telefónica confirmou o interesse de consolidação no mercado mexicano. O comunicado foi em resposta ao rumor publicado pelo jornal espanhol El Confidencial também nesta quarta e que afirmou que o grupo estaria conversando há cerca de oito meses com a Iusacell, terceira maior operadora do México, a um valor entre 2,5 bilhões e 3 bilhões de euros. A fusão da empresa com as operações da Movistar resultaria em uma operadora com quase 28 milhões de clientes, fortificada para um combate em um mercado com profundas transformações causadas pela nova regulação do setor promovida pelo presidente mexicano Enrique Peña Nieto.

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No comunicado à CNVM, a Telefónica apenas diz que, de acordo com a reportagem do periódico espanhol, "comunica que existe um processo de negociação, não havendo alcançado nenhum acordo a respeito". No entanto, a Iusacell, controlada em partes iguais pela Televisa e pelo Grupo Salinas, não confirma a negociação. Pelo Twitter, o dono do Grupo Salinas, Ricardo Salinas Pliego, afirmou que a operadora "não está à venda", acrescentando depois que a nova legislação mexicana dá "certeza e confiança para seguir crescendo". E completa: "Estou muito otimista com o futuro da Iusacell. Seguiremos investindo para crescer".

Sozinha, a operação da Telefónica no México, a Movistar, conta com 20,8 milhões de acessos, sendo que 19,3 milhões são de acessos móveis. A operação naquele país gerou lucro operacional de 60 milhões de euros no primeiro trimestre.

A movimentação pode indicar que a espanhola já se prepara para uma eventual briga com um novo entrante no México. Isso porque a América Móvil já confirmou que irá se desfazer de ativos para poder deixar de ter o status de dominância de mercado (ou seja, mais de 50% de market share) por meio da subsidiária Telcel, entrando em conformidade com a nova regulação do Instituto Federal de Telecomunicaciones (IFT). No entanto, de acordo com o grupo mexicano em sua última conferência de resultados, ainda não há nenhum interessado – apenas a vontade de que seja um único comprador e que seja estrangeiro.

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