Para ZTE, faixa de 800 MHz é ideal para o LTE

Enquanto as operadoras brasileiras aguardam a decisão da Anatel sobre a nova destinação da faixa de 2,5 GHz, cresce o número de fabricantes de equipamentos que apontam outra faixa de radiofrequência como a ideal para a evolução da telefonia móvel para a quarta geração (4G). A fabricante chinesa ZTE aposta na faixa de 800 MHz como a melhor para a próxima fase da telefonia móvel. "Sem dúvida, a faixa de 800 MHz é a ideal", assegura o presidente da ZTE Brasil, Eliandro Ávila.
"As melhores operações atualmente são as feitas em 850 MHz, as mais estáveis e de melhor qualidade de sinal. Com o LTE não é diferente, apesar de estarmos prontos para implantar a tecnologia na faixa que estiver disponível nos países", complementa o executivo. Segundo Ávila, a ZTE já possui 10 testes da nova tecnologia 4G em países da Europa e da Ásia e, em breve, devem ser iniciados projetos com a Telefónica de Espanha nos países em que ela indicar. Ávila não diz se o Brasil pode ser um desses países. Mas com o dilema sobre a radiofrequência a ser usada por aqui, pode ser que o país fique de fora desse pacote de testes.
Nos testes já em andamento com equipamentos ZTE, as operadoras têm utilizado diversas radiofrequências, inclusive na faixa de 2,5 GHz em alguns países. Mas, considerando que os fabricantes têm se preparado para as mais diversas escolhas espectrais, parece certo que ainda não há um consenso sobre qual faixa será padronizada para o 4G.

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Há duas semanas, a Ericsson, em parceria com a operadora sueca TeliaSonera, lançou a primeira oferta comercial de LTE no mundo, usando a faixa de 3,6 GHz. Mas a fabricante também defendeu a faixa de 800 MHz como a melhor para o funcionamento da tecnologia, acrescentando que o overlay na rede 3G sai mais barato do que a implantação de uma infraestrutura nova operando em uma faixa diferente.
No Brasil, a aposta da Anatel é no 2,5 GHz, ocupado hoje pelas empresas de TV por assinatura com tecnologia MMDS e por prestadores de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). A proposta da agência é reduzir fortemente o espaço da TV paga nessa faixa, dando espaço para que as empresas de telefonia móvel migrem para o 4G. A decisão final sobre a mudança de destinação ainda não foi tomada pela Anatel.

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