4G é a tecnologia mais usada em redes privativas, aponta estudo

Redes Privativas. Foto: Reprodução/RawPixel de Freepik

O 4G (LTE) é a tecnologia mais utilizada em redes privativas de organizações. De acordo com um estudo global realizado pela consultoria IDC, 38% das empresas utilizam apenas 4G como base para o sistema de comunicação interna, enquanto 26% usam apenas o 5G. Por outro lado, 36% das companhias utilizam um mix privado de 4G com 5G.

A pesquisa da IDC levou em consideração 1.202 empresas. Um dos questionamentos foi como cada uma dessas entidades espera que o uso da tecnologia LTE e 5G evolua em dois a três anos. 36% das organizações responderam que esperam migrar a rede privativa inteiramente para uso com o 5G. Já 57% esperam conciliar o uso do 4G e 5G. Enquanto isso, 7% afirmaram que ainda desejam permanecer apenas com o 4G nas redes privativas. Os dados foram apresentados em evento do portal Tele.Síntese nesta sexta-feira, 28.

Foto: Reprodução/IDC
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O estudo também abordou a percepção de dificuldades para implantação da rede sem fio privativa. Dos entrevistados, ¾ deles disseram que enfrentaram desafios de integração para implantações da rede móvel. E metade disse que as alternativas precisam amadurecer, inclusive nas áreas onde há disponibilidade da rede 5G. Esse último grupo também contou que vê a necessidade de aprimorar casos de uso e a segurança de nível empresarial, segundo o diretor de pesquisa e consultoria de telecomunicações para a América Latina da IDC Brasil, Luciano Saboia.

"Porque isso não é uma incumbência somente das operadoras ou somente dos fabricantes de equipamentos. Nós temos agentes de hospedagens de informações em data centers envolvidos, nós temos as plataformas de inteligência artificial e software também envolvidos nesse tema", contou Saboia.

O aspecto do avanço da maturidade também foi abordado por operadoras, que têm grandes expectativas com o 5G e redes privativas, mas o 4G como parte central da estratégia para o segmento. Além de pontuar que ter rede 5G sem a disponibilidade de equipamentos não basta, a Vivo notou que importantes projetos privativos da tele partem do 4G, mas já estão preparados para upgrade para a quinta geração.

"Nós entendemos que o Brasil está na vanguarda quando se fala em redes privativas. Se olharmos hoje dois dos grandes cases a nível mundial, da Vale e da Petrobras, acho que não existe paralelo no mundo com a dimensão dessas redes privativas", afirmou na ocasião Diego Aguiar, diretor de operações da Telefónica Tech IoTCo. 

Já a Claro destacou, entre outros aspectos, a cobertura das redes para Internet das Coisas da operadora baseadas em LTE e relevantes para ativações privativas. No estado de São Paulo, o serviço estaria disponível em mais de 85% do território no padrão NB-IoT e 66% no CAT-M, em ambos os casos superando o alcance das redes comerciais tradicionais.

Diretor de IoT e M2M da Claro, Eduardo Polidoro também destacou o barateamento em curso da tecnologia, as possibilidades de redução de custos nas usuárias com funções como monitoramento em tempo real e a importância das redes privativas em diferentes cadeias, como a logística.

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