Bernardo conclama iniciativa privada a custear parte do PNBL

O ministro Paulo Bernardo, das Comunicações afirmou nesta quinta, 28, em reunião da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, realizada na Câmara dos Deputados, que o governo só tem R$ 1 bilhão anual para investimento no Programa Nacional de Banda Larga nos próximos quatro anos, admitindo, no entanto, que serão necessários um total de R$ 7 bilhões para dotar as cidades de estrutura de rede (backhaul) que suporte o atendimento regional.
Bernardo conclamou a iniciativa privada a participar do esforço de implantação da fase inicial do programa com recursos complementares de R$ 3 bilhões. "Alguns (empresários) já nos procuram para propor novos investimentos", revelou ele, indicando que as propostas são bem-vindas e serão avaliadas pelo governo. Ele informou que a parte pública do financiamento, que será executado por meio da estatal Telebrás, ainda depende de conversas com a área econômica.
Ontem, o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, detalhou a carência de recursos: a empresa só tem R$ 280 milhões em caixa e outros R$ 50 milhões descontingenciados do atual orçamento (2011). O PNBL objetiva massificar a Internet no Brasil e, para isso, o governo terá de conseguir parceiros que financiem parte da implantação das redes de fibra óptica, essenciais para atender o usuário final.

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Bernardo também admitiu que o atendimento das escolas pelo atual programa de banda larga está deixando a desejar e já obteve um diagnóstico inicial da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que apresentou à presidenta Dilma Rousseff: "Os dados indicam que (o atendimento às escolas) não foi realizado a contento". Segundo ele, há atrasos em algumas regiões.
O cronograma aponta que os fornecedores deveriam ter atendido a todas as escolas, com velocidade de 2 Mbps. Mas esclareceu que isso sofreu um atraso porque a meta inicial de atender 54 mil escolas foi revista. "Há uma defasagem de 9 mil escolas, identificadas depois, que elevou o total para quase 64 mil", disse. "Toleramos, achamos (o atraso) razoável por causa dessa mudança", reconheceu.

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