O banco português BPI Investimentos avaliou em seu relatório "Iberian Daily" desta segunda, 28, como "potencialmente positivo para Portugal Telecom (PT) e Telefónica" a fusão entre as teles brasileiras Oi e Brasil Telecom (BrT).
A avaliação, assinada pelo analista Ricardo Pimentel Seara, considera que a fusão aumenta a probabilidade de um investimento alternativo da PT no Brasil para substituir a participação na Vivo. A expectativa do banco é de que a PT poderia vender sua parte na joint-venture para a Telefónica a um valor alto, "algo em torno de 10 vezes o Ebitda de 2008" e reinvestir parte ou a totalidade dos rendimentos em um "player líder de mercado no Brasil" como acionista minoritário. O relatório ressalva, contudo, que esse investimento minoritário seria feito em valores de relação mais baixa do que a obtida com eventual venda da Vivo ou mesmo à da aquisição da BrT pela Oi (6,4 vezes o Ebitda de 2008).
Além disso, a mudança regulatória necessária para a fusão das teles brasileiras "pode aumentar a visibilidade de um cenário de possível fusão entre Vivo e TIM Brasil", valorizando assim a participação da PT na Vivo.
Telefónica
No lado da holding espanhola, o analista do BPI considera que o cenário de possível fusão entre Vivo e TIM Brasil aumentam as chances de a Telefónica adquirir a parte da PT na joint-venture, mas não descarta que a BrOi nasce como um competidor forte no mercado de telecomunicações brasileiro, podendo potencialmente penalizar a Telefônica no País.
