MMDS pode pegar carona na onda do WiMax

Poucas coisas fizeram tão bem à indústria de chips e fabricantes de computadores nos EUA nos últimos anos como o sucesso do Wi-Fi, tecnologia de acesso móvel a redes de dados. Mas o Wi-Fi tem um problema: utiliza uma faixa de freqüência aberta (a faixa dos 2,4 GHz), ainda tem cobertura restrita e, para driblar essa limitação, exige transmissões mais potentes que criam um espectro mais poluído. No último congresso técnico da WCA (Wireless Communications Association), realizado este mês em San Jose, EUA, a grande aposta da Intel (maior fabricante de chips) e da Nextel (segunda maior operadora móvel dos EUA e dona de boa parte das frequências de MDMS por lá) era no WiMax. Trata-se de um Wi-Fi ampliado. Baseado na tecnologia 802.16 (o Wi-Fi é em cima do 802.11), o WiMax é visto como uma forma de limpar espectro, ampliar a cobertura wireless e oferecer mais velocidade.

Curto prazo

A Intel, que abriu o evento, aposta que em dois ou três anos comecem a chegar no mercado os primeiros computadores dotados de chips WiMax (hoje, quase todos já vêm preparados para Wi-Fi). Falta a padronização. A idéia é que o WiMax opere também nas faixas de 2,5 GHz a 2,8 GHz e também na faixa de 3,5 GHz. Se isso acontecer, abre-se uma porta gigantesca para quem trabalha nestas faixas de freqüência, como operadores de MMDS. A tecnologia que independe de linha de visada (OFDM) também é comum ao MMDS e ao WiMax, e os fabricantes de equipamentos de MMDS estão convergindo para a padronização buscada pela Intel. Com isso, os hot-spots (áreas de cobertura) que com a tecnologia Wi-Fi geralmente estão restritas a algumas centenas de metros passarão a ter quilômetros. E a faixa de freqüência poderá ser limpa.

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No Brasil, a alternativa é analisada com atenção pela Neotec, associação dos operadores de MMDS. É bandeira da associação, desde a sua criação, a busca por um padrão de transmissão wireless. A Neotec mostrou na WCA o case brasileiro de testes das tecnologias OFDM e fez sucesso. Foi citada com destaque por diversas publicações que acompanharam o evento, como a PC World e a The Industry Standard.

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