WDC mira distribuição de soluções para agregar valor em telecom

Em um período considerado desafiador para os fornecedores de equipamentos de banda larga, a WDC Networks se prepara para uma virada de chave. A estratégia da empresa passa por municiar os provedores com diversos serviços junto à oferta dos equipamentos, agregando valor na ponta.

"Nós estamos acostumados a ser um distribuidor de produtos. Agora, queremos atuar como distribuidor de soluções. Então, nós precisamos ter uma expertise diferente aqui dentro", afirma o CEO Vanderlei Rigatieri, em entrevista ao TELETIME.

De acordo com o executivo, a companhia já mapeou 10 serviços com foco no mercado corporativo que podem ser disponibilizados – ou reforçados, no caso dos já existentes – por provedores em um modelo white label, em que a marca que aparece para o consumidor é a do parceiro.

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Além desses, aparecem no mapeamento Storage as a Service, para dar suporte ao armazenamento de dados com foco em inteligência artificial, segurança eletrônica (a venda de equipamentos como câmeras de vigilância e monitoramento), redes privativas de 5G, para atender as indústrias do interior do País, e cidades inteligentes

Pequenas e médias empresas

Rigatieri avalia que há grandes oportunidades do entre pequenas e médias empresas, que carecem de maior assistência e não tem uma infraestrutura adequada, mesmo com a necessidade de proteção de dados sensíveis.

O público potencial é promissor. De acordo com dados do Sebrae, das 23,7 milhões de empresas ativas no país em 2024, as micro e pequenas somam 8,66 milhões de estabelecimentos (36,6%).

 "Essa é uma barreira a ser vencida. No mercado corporativo brasileiro, todo mundo quer atender as grandes empresas. Mas no pequeno escritório de advocacia, no supermercado de bairro ou nas lojas de roupa não há ninguém especializado em TI", afirma.

"Municiar o provedor com ofertas que sejam produto mais serviço e mensalizar isso para que ele possa vender junto com a banda larga é a grande virada que a gente vai fazer daqui para frente", completa o CEO.

Os movimentos para agregar valor ao setor de telecom já começaram. Na última semana, por exemplo, a WDC anunciou uma parceria para distribuir em todo o Brasil o portfólio da Dahua Technology, fornecedora de soluções de IoT e segurança eletrônica. A ideia é intensificar iniciativas similares no segundo semestre. 

Além disso, a companhia também está promovendo mudanças no seu quadro de executivos. Paul Radd, que já foi gerente de produtos, de enterprise e até então comandava a gerência de telecom da WDC, assumiu como novo diretor de produtos. Por outro lado, a empresa foi ao mercado para contratar Fernando Reis dos Santos (ex-Sonda e BT Group) como gerente de design center.

Mudanças

Como mostrou o TELETIME, a WDC foi uma das fornecedoras impactadas pelo panorama de mercado na banda larga. Outras empresas do setor listadas em bolsa também foram afetadas pelo recuo nas vendas após a pandemia. 

No caso da WDC, as vendas na vertical de telecomunicações fecharam o primeiro trimestre com queda de 54,6%, para R$ 91 milhões. Por outro lado, em enterprise, as vendas avançaram 28,6%, somando R$ 106,4 milhões no mesmo período. 

 

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