Um grupo composto por algumas das maiores operadoras da Europa lançou a quarta versão do documento de prioridades técnicas para redes abertas e desagregadas (o chamado Open RAN).
O material foi elaborado pelas empresas Deutsche Telekom, Orange, Telecom Itália (dona da TIM Brasil), Telefónica (controladora da Vivo) e o Grupo Vodafone. Em 2021, essas empresas se juntaram para estabelecer requisitos técnicos, metas e desejos para o Open RAN.
O documento é uma espécie de manual, com orientações para que a indústria fornecedora de RAN saiba onde focar para acelerar as implementações no mercado.
De acordo com as empresas, já foram alcançados progressos notáveis em relação a maturidade da tecnologia, segurança e, inclusive, eficiência energética – vista como um dos maiores desafios das redes abertas. No entanto, os operadores acreditam que ainda há um longo espaço para evolução, uma vez que há desejo de uso da tecnologia em operações em áreas urbanas.
Foco
Agora, a quarta versão do Open RAN Technical Priorities traz novidades. O principal foco da quarta versão das prioridades técnicas foi o desenvolvimento de requisitos adicionais sobre serviços de gerenciamento e orquestração (SMO).
Também foram abordados, com destaque, estruturas de Inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina, a interoperabilidade com RAN tradicional e o gerenciamento de fatiamento de rede (o chamado slicing).
"Os operadores exigem soluções agnósticas de tecnologia e fornecedor. A escolha por uma solução específica para aceleração de hardware RAN depende apenas da melhor tecnologia em termos de desempenho, eficiência energética, footprint de hardware e evolução tecnológica. Assim, a avaliação de curto prazo dos operadores é de que o ecossistema deve evoluir cumprindo esses requisitos para facilitar e abraçar os princípios do Open RAN, como abertura e abordagem multivendor", diz o material.
O documento também incluiu a visão dos operadores sobre a abordagem de zero trust e os requisitos para certificação de segurança. Nessa parte, as operadoras destacaram que fizeram uma solicitação para incluir Open RAN no esquema de garantia de segurança da GSMA, juntamente com o esquema de certificação 5G da União Europeia definido pela agência de segurança cibernética do bloco econômico.