CPQD propõe modelo de investimento em inovação aberta para startups 

Foto: StartupStockPhotos/Pixabay

Visando apoiar startups como "construtor" com capital tecnológico e acesso a recursos, o CPQD lançou nesta quinta, 27, a iniciativa de inovação aberta Ventures CPQD. A empresa pretende acelerar startups "fim a fim", chegando inclusive a participar como sócia ou recebendo royalties até um momento de eventual saída. 

Em coletiva de imprensa, o presidente do CPQD, Sebastião Sahão, destacou que o intuito é de levar a experiência da empresa em tecnologia, o que afirma que fundos de investimento tradicionais não têm. "Essa foi a grande sacada do CPQD. Hoje estamos com mais de 70 startups nas quais aportamos capital tecnológico, levando todos os componentes como resultado do processo de inovação", destaca. 

O CPQD trabalha com três tipos de aporte: com capital da própria empresa, incluindo recurso humano, infraestrutura, propriedade intelectual e produto; acesso a recursos não reembolsáveis, com linhas do Finep, BNDES, Fapesp e outros fomentos do tipo; e via um grupo de parceiros de investimentos privados, como smart money e venture capital. Desta forma, o CPQD cria um modelo de negócio. "Podemos participar como sócio ou parceiro, ou as startups podem remunerar o investimento dentro do processo do Ventures CPQD."

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O retorno sobre investimento também considera a eventual saída da startup. Sahão explica, contudo, que isso não é regra: a exemplo do que fez com a PadTec, que hoje está na bolsa de valores, o CPQD pode optar por permanecer como sócio. "O principal objetivo é potencializar o negócio da startup, agregar valor e crescer junto. Então temos o momento de saída de investimento do ponto inicial, mas a intenção é correr sico com a startup no período", declara a gerente de inovação aberta da empresa, Nanci Gardim.

Há ainda a possibilidade de monetização de ativos, como está sendo feito com a startup Green Bonds Brasil. "Trazemos produtos de prateleira, e isso minimiza o risco de desenvolvimento, acelera projeto e traz segurança de investidores. E a gente traz mais capital para investir", afirma o gerente de desenvolvimento de negócios do CPQD, Fabrício Figueiredo.  

O foco inicial está em projetos de quatro áreas de inovação:

  • Agrossustentabilidade – "São projetos  que tenham impacto social e agroeconômico, que contribuem para gerar valor e melhorar a produtividade rural, mas não apenas dos grandes. Temos um olhar muito especial para os pequenos produtores e agricultores familiares", destaca Figueiredo.
  • Saúde acessível – O CPQD foca em propostas para democratizar o acesso à saúde, principalmente no atendimento primário, como em teleatendimento, monitoramento remoto e acesso a medicamentos.
  • Indústria – Projetos de transformação digital para processos mais conectados, inteligentes e seguros, melhorando produtividade e eficiência, reduzindo custos.
  • "Deep tech" fotônica – Alavancar startups que trabalham com inovação complexa e tecnologias de ponta na área de fotônica. O foco é em sistemas de monitoramento para missão crítica nas áreas de energia, óleo e gás.

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