Em uma cerimônia bastante concorrida, Jarbas Valente tomou posse nessa quarta-feira, 27, no Conselho Diretor da Anatel. Pertencente aos quadros da agência desde a sua criação, Valente foi muito elogiado pelas autoridades presentes, especialmente pelo perfil técnico que levará ao comando do órgão regulador, e chegou a se emocionar ao tomar a palavra pela primeira vez como conselheiro efetivo da Anatel. Em seu discurso de posse, Valente destacou cinco metas para o seu mandato, sendo a primeira, o investimento em iniciativas que fomentem a massificação da banda larga.
Os outros objetivos almejados por Valente são a criação de uma prática na Anatel de incentivo à indústria nacional de equipamentos de telecomunicações e a melhora na qualidade percebida pelos usuários dos serviços. Além disso, o novo conselheiro defendeu o investimento no quadro funcional da Anatel, com uma reestruturação da agência, e a ampliação da velocidade no processo decisório do órgão regulador.
Com relação a este último ponto, Jarbas Valente prometeu contribuir para a melhoria dos debates no Conselho Diretor. A visão de Valente é que o conselho precisa se dedicar mais à criação de consensos sobre as decisões e que o caminho para isso é o diálogo. "A experiência que eu tive nas vezes em que fui substituto no conselho da Anatel, no meu trabalho no ministério, na Telebrás, é que tudo que desenvolvemos em órgãos públicos não tem dono. Todos são donos", afirmou o conselheiro. "Os conselheiros precisam ver que somos iguais, humildemente iguais."
Elogios
O trabalho de Jarbas Valente há frente da Superintendência de Serviços Privados (SPV) da Anatel nos últimos nove anos – sendo que, antes, o engenheiro comandou a Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa (SCM) – foi lembrado e elogiado nos discursos que antecederam a formalização da posse. "Sua folha de serviços é brilhante", destacou o presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg. "Não poderia ser mais oportuna a nomeação desse competente técnico cuja história se confunde com a da própria Anatel", afirmou o ministro das Comunicações, Hélio Costa. "Creio tratar-se da pessoa certa, no momento certo, para nos ajudar a construir caminhos que levem o país ao desenvolvimento tecnológico de que almejamos e precisamos".
Apoio
A certa altura, o ministro abandonou o discurso preparado com antecedência e fez uma análise pessoal da trajetória de Valente, lembrando a disposição do novo conselheiro em apoiá-lo quando assumiu a pasta das comunicações. Costa contou que Jarbas Valente sempre se mostrou disponível a explicar as questões em debate no setor e, em mais de uma vez, informou o ministro sobre os temas em debate na Anatel, postura que, segundo Hélio Costa, ajudou a estreitar os laços entre agência e ministério.
O ministro também elogiou a composição atual da Anatel, considerada a mais diversificada desde a criação da agência. Para isso, sublinhou os currículos dos demais conselheiros, concluindo que hoje a Anatel dispõe de uma visão diplomática (Sardenberg), jurídica (Antônio Bedran), política (Emília Ribeiro) e empresarial (João Rezende). "Com certeza, estávamos precisando de um técnico para completar o conselho", concluiu.