Vivo segue interessada em migrar concessão, aposta em consenso e suspende arbitragem

Apesar da queda de quase 20% nas receitas não-core (incluindo telefonia fixa) no semestre, a Vivo segue interessada em migrar de modelo de concessão para autorização, e espera que isso se dê dentro do processo de construção de consenso junto ao Tribunal de Contas da União. A novidade é que a operadora solicitou e teve aceito em 30 de junho um pedido para suspender temporariamente o processo de arbitragem contra a Anatel sobre o impasse.

O possível acordo de consenso gerido pelo TCU avaliará, de um lado, aquilo que a Anatel precificou como valor para a migração (R$ 8,7 bilhões) e, de outro, o que a Vivo pede na arbitragem – lembrando que a operadora iniciou o processo pedindo R$ 10 bilhões, mas sabe-se que esse valor pode estar acima (empresa não divulga o valor atual). Para Christian Gebara, CEO da empresa, a vantagem da solução é poder tratar os dois temas ao mesmo tempo em uma única mesa de discussão.

Segundo Gebara, em declaração a jornalistas durante a divulgação de resultados do semestre, o fato das receitas com serviços legados estarem caindo não significa que a operadora não tenha interesse no serviço de telefonia fixa, mas também notou a tendência de migração tecnológica para voz na rede de fibra.

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Oi no mesmo caminho

Este noticiário apurou que a Oi também sinalizou ao governo o interesse de suspender a arbitragem com a Anatel, mas no caso da operadora em recuperação judicial a questão é um pouco mais complexa, porque envolve uma tentativa de inclusão das dívidas com a União (R$ 7 bilhões) na mesa de negociações, o que tem a resistência da Advocacia Geral da União. De qualquer maneira, segundo apurou este noticiário, a própria AGU também concordou com a suspensão da arbitragem para que fosse aberta a mesa de pactuação consensual.

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